MARCAS DE AMOR – SEMANA DA FAMÍLIA 2025
Devido à nossa natureza corrompida pelo pecado, temos uma vida em constante luta. No entanto, mesmo em luta, no processo educacional de Deus ao nos santificar, existe a necessidade de compreender os indicadores de desenvolvimento espiritual. Podemos estruturá-los em três fases: a primeira é a resistência, este é o momento em que nos recusamos a fazer a vontade de Deus. A segunda fase é a sujeição, esta é caracterizada pela vontade de fazer o que Deus quer mesmo que nosso impulso seja outro; por fim, a terceira fase é o alinhamento, quando nossa vontade é a mesma que a de Deus mesmo que não sejamos per
feitos em executá-la. Deus está usando todos os instrumentos ao seu dispor para o nosso desenvolvimento e a família ocupa papel central neste processo.
Devido à nossa natureza pecaminosa, temos uma vida em constante
luta contra o pecado. No entanto, mesmo em luta, no processo educa
cional de Deus ao nos santificar, existe a necessidade de compreender
os indicadores de desenvolvimento espiritual. Podemos usar como
ilustração o desenvolvimento de uma planta. Que cuidados precisa
mos ter para que a semente se torne uma árvore frutífera, ou um belo
arbusto florido? Assim, é o desenvolvimento da nossa vida espiritual
e de nossa família. Há indicadores de desenvolvimento espiritual.
A partir do contexto bíblico, vamos ver cada um desses indicadores
mostrando o papel fundamental da família nesse desenvolvimento.
O contexto bíblico está em Romanos 6 e Tito 3.
O desenvolvimento de um relacionamento com Deus, como podemos
verificar na Bíblia, é um processo gradual e contínuo, no qual o ser
humano avança em direção a um conhecimento e uma união cada vez
mais profundos com Ele. Esse processo pode ser entendido em três fases distintas: primeiro é quando Deus nos encontra no pecado e rebeldia contra Ele, depois a obediência mesmo quando essas vontades
estão em conflito e, por fim, o alinhamento da vontade humana com a
vontade divina. Em cada uma dessas fases, a família desempenha um
papel fundamental como instrumento de Deus para guiar, apoiar e nutrir o crescimento espiritual dos seus membros.
A rebeldia e o papel da família
A primeira fase da relação com Deus é a rebeldia, o estado caído do ser
humano que se caracteriza pela resistência do homem em submeter-se
à vontade de Deus. A rebeldia é identificada pelo desejo de seguir os
próprios caminhos, ignorando a vontade de Deus.
Neste contexto, a família é o primeiro ambiente onde os valores, os limites e as orientações de vida são estabelecidos. Em Gênesis 18:19 diz:
“Porque eu o escolhi para que ordene aos seus filhos e a sua casa de
pois dele, a fim de que guardem o caminho do SENHOR e pratiquem
a justiça e o juízo, para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que
lhe prometeu”.
Esse versículo reflete o papel central da família, especialmente dos pais,
de instruir e orientar seus filhos desde cedo. O quinto mandamento se
alinha com os primeiros quatro no sentido de estabelecer, pela vontade
de Deus, a autoridade sobre o ser humano. E traz pela obediência à lei
uma barreira de proteção contra as consequências da rebeldia:
“Honre o seu pai e a sua mãe, para que você tenha uma longa vida na
terra que o SENHOR, seu Deus, lhe dá” (Êxodo 20:12).
A família, contra a rebelião do coração, atua como um farol de esperança e orientação. Mesmo quando um membro se rebela, a família é chamada a manter-se firme nos ensinamentos de Deus, oferecendo amor, paciência e suporte, aguardando o momento em que o coração rebelde
se renda ao Espírito Santo.
A rebeldia traz consigo as suas marcas. E inevitavelmente causará adoecimento e desarmonia nas relações. A marca da rebelião de Caim contra Deus foram os golpes fatais que ele proferiu contra o seu irmão.
A obediência e o papel da família
A segunda fase do desenvolvimento espiritual é a obediência que ocorre quando o ser humano, reconhecendo sua condição falível e caída, decide submeter-se à vontade de Deus. A obediência é o primeiro passo concreto em direção a uma vida espiritual, mental e física saudável, e
não é possível sem confissão e arrependimento.
A família é, neste momento, o núcleo de apoio essencial, encorajando e
reforçando a decisão de viver conforme os mandamentos divinos. Em
Efésios 6:1-4, Paulo escreve:
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é jus
to. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com
promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. E
vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e instrução do Senhor”.
É fundamental compreender a obediência neste momento porque ela
se manifesta incontornavelmente diante daqueles que representam a
autoridade divina na vida do indivíduo, tal como os pais são o reflexo
da longanimidade do amor e do cuidado divino, também são o reflexo
de Sua autoridade. O reconhecimento da autoridade e infinita superioridade de Deus na vida de alguém também é reconhecida pelas suas marcas. Um coração, nesse momento, mesmo em luta contra a sua pró
pria vontade ou lógica se sujeita ao que Deus falou por causa de quem
Ele é. Pedro nos dá uma frase que sintetiza este momento quando Jesus
efetuou um milagre no seu barco. Disse Jesus:
“Leve o barco para o lugar mais fundo do lago e então lancem as redes de vocês para pescar. Em resposta, Simão disse: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sob esta sua palavra, lançarei as redes” (Lucas 5:4-5).
Pedro obedeceu a Jesus não porque fazia materialmente sentido a Sua
palavra, mas porque reconheceu que é Jesus que dá sentido a todas as
coisas.
O Alinhamento da Vontade Humana com a Vontade Divina e a Família
A terceira fase do crescimento na direção do propósito de Deus é o
alinhamento da vontade humana com a vontade divina. Nesta fase, o
indivíduo não apenas obedece a Deus por obrigação, mas passa a desejar
aquilo que Deus deseja. Esse é o ponto que o Espírito Santo quer nos
levar no processo de desenvolvimento, onde a vontade do homem e a
vontade de Deus se tornam uma só e a alegria do coração humano está
em adorar. O salmista expressou em poesia: “Agrada-me fazer a tua
vontade, ó Deus meu; a tua lei está dentro do meu coração” (Salmo
40:8).
Josué declara: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24:15).
Esse versículo reflete o ideal de uma família que, unida, decide viver
em sintonia com a vontade de Deus.
Quando a família, como um todo, busca esse alinhamento, ela se tor
na um poderoso instrumento de Deus na formação de seus membros.
Nessa fase, as decisões, os planos e os sonhos da família são submetidos à vontade divina, e cada membro é encorajado a discernir e seguir a vontade de Deus em sua própria vida.
A paternidade/maternidade exerce papel importante na nossa compreensão do caráter de Deus. A identidade servil é o ponto culminante da maturidade na fé.
A compreensão da vontade de Deus para conosco é fundamental para a
saúde mental de cada familiar.
A oração em conjunto, o estudo da Bíblia, o envolvimento na missão e
o culto familiar tornam-se práticas centrais, ajudando cada membro a
crescer em maturidade espiritual.
Que a nossa oração hoje seja: Senhor, aprofunda a Tua presença na mi
nha vida e que o meu desenvolvimento impulsione o crescimento de
todos ao meu redor. Leva-me a querer tudo o que Tu queres e a rejeitar
tudo o que não Te agrada. Amém.
