SÓ UM TOQUE

QUARTA E PODER – SERMÃO 4

Bem-vindos a mais um encontro da Quarta de Poder!

Essas reuniões têm como objetivo nos conduzir a uma experiência real com Deus e nos despertar para áreas importantes da vida espiritual. Que a Palavra de Deus
mais uma vez fale ao nosso coração. Em cada reunião, estudamos um milagre de Jesus. Somos encorajados a crer, amar e servir ao Deus que continua
realizando milagres hoje, no contexto do tempo do fim! Essa noite, vamos
refletir no milagre realizado na vida da mulher com hemorragia.

Todos nós temos algum item de saúde que nos preocupa. Para alguns, é
o funcionamento hormonal. Para outros, são doenças crônicas ligadas ao
estilo de vida, como por exemplo, obesidade, doenças cardiovasculares,
doenças respiratórias, hipertensão e câncer. As doenças crônicas são responsáveis por mais de 50% das mortes no mundo todo.


DESENVOLVIMENTO
A Bíblia apresenta um milagre realizado na vida de uma mulher que sofria havia 12 anos com uma doença crônica. Essa história é contada por
Mateus 9:20-22, Marcos 5:25-34 e Lucas 8:43-48.

Para nosso estudo, vamos nos basear na narrativa de Marcos 5:25-34 (NAA):
Estava ali certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma
hemorragia. Ela havia padecido muito nas mãos de vários médicos e
gastado tudo o que tinha, sem, contudo, melhorar de saúde; pelo contrário, piorava cada vez mais. Tendo ouvido a fama de Jesus, a mulher
chegou por trás, no meio da multidão, e tocou na capa dele. Porque
dizia:

‘Se eu apenas tocar na roupa dele, ficarei curada.’ E logo a
hemorragia estancou, e ela sentiu no corpo que estava curada daquele mal. Jesus, reconhecendo imediatamente que dele havia saído poder, virando-se no meio da multidão, perguntou: Quem tocou na minha roupa? Os discípulos responderam: O senhor está vendo que a multidão o aperta e ainda pergunta: ‘Quem me tocou?’ Ele, porém, olhava ao redor para ver quem tinha feito aquilo. Então a mulher, amedrontada e trêmula, ciente do que lhe havia acontecido, veio, prostrou-se diante de Jesus e declarou-lhe toda a verdade. Então Jesus lhe disse: Filha, a sua fé salvou você. Vá em paz e fique livre desse mal.

A Bíblia não registra o nome da mulher com hemorragia. Tudo o que se
sabe é que provavelmente ela morava em Cafarnaum. Antes de se encontrar com Jesus, a perda excessiva de sangue já a debilitava fisicamente.
Além disso, o fluxo de sangue também a tornava impura segundo a lei
mosaica (Lv 15:19). Dessa forma, aquela mulher enfrentava uma série
de privações religiosas e sociais. Ela jamais poderia ir ao Templo em Jerusalém. Tudo o que ela tocava também era visto como imundo. Diante
da lei levítica, a cama em que ela dormia, a cadeira em que ela se sentava,
as coisas que ela usava e as roupas que ela vestia eram todas imundas.
Qualquer um que tocasse a mulher com hemorragia era considerado
imundo. A Bíblia também diz que essa mulher havia procurado ajuda de
todas as formas e havia gastado tudo o que tinha com os médicos de sua
época. Mas nenhum tratamento médico havia resolvido seu problema, e
sua saúde piorava cada vez mais (Mc 5:25, 26).
Após um período de ensino e cura, Jesus Se dirigiu ao banquete na casa de
Levi Mateus. Ele avançava devagar em meio à multidão e parou várias vezes
“para aliviar algum sofrimento, ou confortar um coração turbado” (O Desejado de Todas as Nações, p. 238).

O relato diz que Jesus desviou o caminho
para atender ao convite de um pai desesperado. Sua filha estava à beira da
morte. Chegando à casa de Jairo, Jesus ressuscitou a menina de 12 anos que
tinha acabado de falecer. Depois disso, Jesus retomou o caminho para a casa
de Levi Mateus, e a multidão continuou a acompanhá-lo. A mulher com
hemorragia tentava se aproximar de Jesus, mas não conseguia. “Começara
a desesperar quando, abrindo caminho por entre o povo, Ele chegou perto
de onde ela se achava” (Vidas que Falam, p. 300). A mulher pensou: “Se eu
apenas tocar na roupa dele, ficarei curada” (Mc 5:28). Com muito esforço,
ela conseguiu tocar a roupa de Jesus. A hemorragia estancou, e ela sentiu no
corpo que estava curada daquele mal. Esse toque da fé fez a diferença (Mc
5:28, 29, NAA).

Definitivamente, quem cura e restaura é Jesus, em resposta
à fé, e não um tecido ou qualquer objeto supostamente místico ou sagrado.

O momento mais bonito e emocionante da história aconteceu após a
cura. A mulher se sentiu completamente saudável e, de forma anônima
e discreta, começou a se retirar. Mas Jesus parou, e a multidão parou
também. Ele perguntou quem tocou Sua roupa (Mc 5:30). O Salvador
distinguiu o toque da fé do contato casual. “Queria dirigir à humilde
mulher palavras de conforto, que lhe serviriam de fonte de alegria – palavras que seriam uma bênção aos Seus seguidores até o fim dos tempos”
(O Desejado de Todas as Nações, p. 271). A mulher se apresentou (v. 33).


E no verso 34, “Jesus lhe disse: Filha, a sua fé salvou você. Vá em paz e
fique livre desse mal”. Jesus deixou claro que “não fora pelo contato exterior com Ele, mas por meio da fé que se firmava em Seu poder divino
que se realizara a cura” (O Desejado de Todas as Nações, p. 271).
Cada milagre realizado por Cristo resultava em transformações no cotidiano de quem recebia o milagre e marcas profundas em todos os que
presenciavam. Os milagres de Cristo continuam, ainda hoje, a desafiar
as crenças pessoais e a disposição emocional e espiritual em buscar Nele
o que não se pode encontrar em nenhum outro ser. A fé prática demonstrada pela mulher curada da hemorragia é totalmente oposta aos
conceitos de fé, amplamente divulgados nos dias de hoje: fé como moeda
de troca de favores com Deus; fé casual, que marca presença em algumas reuniões religiosas, sem envolvimento prático dos ensinamentos de
Cristo; fé como conhecimento teórico sobre Deus; fé como amuleto para
afastar o que queremos manter longe.
No entanto, “falar de religião de maneira casual, orar sem ter fome espiritual
e sem uma fé viva não vale nada. Uma fé nominal em Cristo, que O aceita
meramente como o Salvador do mundo, nunca trará cura ao coração. A
fé que leva à salvação não é uma simples aceitação intelectual da verdade.
Aquele que espera total conhecimento antes de exercer a fé não pode receber
a bênção de Deus. […] A única fé que nos beneficiará é aquela que O abraça
como Salvador pessoal, que se apropria de Seus méritos. Muitos consideram
a fé como uma opinião. A fé salvífica é um acordo pelo qual aqueles que
recebem a Cristo se unem a Deus em aliança. Fé genuína é vida. Uma fé
viva significa aumento de vigor e segura confiança pela qual a pessoa se torna
uma força vitoriosa” (O Desejado de Todas as Nações, p. 271).

É importante observar, também, o valor do reconhecimento e da gratidão pelas bênçãos recebidas. “Após a cura da mulher, Jesus desejava que
ela reconhecesse a bênção que tinha recebido. As dádivas oferecidas pelo
evangelho não devem ser adquiridas com reservas nem desfrutadas em
segredo. Assim o Senhor nos chama a confessar Sua bondade” (O Desejado de Todas as Nações, p. 271). “Vós sois as Minhas testemunhas, diz o
Senhor; Eu sou Deus” (Is 43:12). O reconhecimento e a gratidão, além
de reforçar a fé, proporcionam saúde mental porque melhoram o humor,
mudam a maneira de enxergar a situação, combatem emoções tóxicas e
melhoram os relacionamentos.

APELO
O milagre estudado hoje nos encoraja a buscar ao Senhor para alívio nas
doenças crônicas, assim como aconteceu com a mulher com hemorragia.
Ao sermos curados, restaurados, perdoados, não devemos ficar em silêncio,
mas contar às pessoas o que Deus fez por nós e encorajá-las a crer e buscar a
Deus em suas dificuldades. Ser grato(a) ao Senhor por tudo o que Ele nos dá
é um exercício diário para manter a fé, a mente e o corpo saudáveis. Em nossa
oração, vamos pedir que o Senhor nos encoraje a prosseguir com fé.


HINO FINAL
Deus Nos Ouvirá – Novo HA, nº 361


ORAÇÃO FINAL
Saiba Mais! Leia Mateus 9:18-26; Lucas 8:40-56; White, 2007. O Desejado de
Todas as Nações, Capítulo 36: O toque da fé.