“Não julguem, para que vocês não sejam julgados”, Ele disse, conforme registrado em Mateus 7:1. Aqui, Jesus está nos alertando para não julgar os outros por nossos próprios padrões, julgando seus motivos, como se pudéssemos ler seus corações. “Pois com o critério com que vocês julgarem vocês serão julgados” disse Jesus (verso 2).
É uma lei da natureza que a maneira como tratamos os outros voltará para nós – seja para o bem ou para o mal. O que plantamos, certamente colheremos.
Indo além, Jesus aponta a hipocrisia de quem se apressa em criticar os outros, sem levar em conta as próprias faltas. “Por que você vê o cisco no olho do seu irmão, mas não repara na trave que está no seu próprio?” Ele pergunta (verso 3).
Ninguém é conquistado por meio de censura e crítica
Comentando esta passagem, Ellen White escreve: “Pessoa alguma já foi conquistada de um caminho errado por meio de censura e exprobrações; mas muitos têm sido afastados de Cristo, e levados a cerrar o coração contra a convicção da culpa. Um espírito brando, uma suave e cativante atitude, pode salvar o errado, e cobrir uma multidão de pecados” (página 128).
Continuando, Jesus disse: “Não deem aos cães o que é santo, nem joguem as suas pérolas diante dos porcos, para que estes não as pisem com os pés e aqueles, voltando-se, não estraçalhem vocês” (verso 6).
Não somos obrigados a seguir a Cristo
Cristo nunca obriga ninguém a segui-Lo; Ele só procura atraí-los por meio do amor. Alguns, no entanto, não têm “desejo de escapar à servidão do pecado” (página 129). Sobre isto, Ellen White escreve, Os servos de Cristo não se devem deixar entravar por aqueles que só fariam do evangelho um objeto de contenção e ridículo” (página 129). Devemos orar por eles e deixá-los nas mãos de Deus.
Jesus então revela esta bela promessa: “Peçam e lhes será dado; busquem e acharão; batam, e a porta será aberta para vocês” (verso 7). Jesus nos convida a ir a Ele com o coração aberto e honesto, acreditando que Ele é capaz de fazer todas as coisas. Nós lemos, “O Senhor não especifica nenhuma condição a não ser que tenhais fome de Sua misericórdia, desejo de conselhos Seus, e aneleis o Seu nome” (página 130).
Façamos aos outros o que queremos que façam conosco
Voltando novamente ao nosso relacionamento com os outros, Jesus nos dá a Regra de Ouro: Portanto, tudo o que vocês querem que os outros façam a vocês, façam também vocês a eles (verso 12). Ele nos encoraja a não olhar para o que devemos receber, mas para quanto podemos dar. “Em vossa associação com outros”, escreve Ellen White, colocai-vos em seu lugar. Penetrai-lhes nos sentimentos, nas dificuldades, nas decepções, nas alegrias e tristezas” (página 134). À medida que nos identificamos com eles, fica mais fácil tratar os outros como gostaríamos de ser tratados se estivéssemos no lugar deles.
Aproximando-se do final de Seu sermão, Jesus lembra Seus seguidores de “Entrem pela porta estreita! Porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela. Estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que o encontram” (versos 13 e 14).
Cristo nos motiva a tomar nossa cruz e segui-Lo
Aqui Jesus está apontando como é fácil simplesmente seguir a multidão – fazendo o que é fácil e aceitável para a maioria; um lugar, escreve Ellen White, onde “Há espaço para as opiniões e doutrinas de todo homem, margem para seguir suas inclinações, para fazer seja o que for que lhe ditar o amor-próprio” (página 138). Em contraste, Cristo nos exorta a “tomar a sua cruz” e segui-Lo. Ele foi adiante de nós; Ele conhece todas as provações que enfrentamos e promete estar conosco o tempo todo.
Os que praticam as palavras de Cristo são sábios
Depois de alertar Seus seguidores para tomarem cuidado com os falsos profetas, Jesus termina Seu sermão com uma poderosa ilustração comparando duas casas – uma construída na rocha e a outra na areia. Aqueles que ouvem as palavras de Cristo e as praticam são como o homem sábio que construiu sua casa sobre a rocha. “Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e bateram com força contra aquela casa, e ela não desabou, porque tinha sido construída sobre a rocha.” (verso 25).
Mas aqueles que ouvem Seus ensinamentos e não os praticam são comparados “a um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e bateram com força contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína” (versos 26 e 27).
Amigos, nos é dito que “Vem uma tempestade, implacável em sua fúria” (Ellen White, Testemunhos para a Igreja, volume 8, página 315). Pela graça de Deus, podemos ser, ao edificarmos nossa fé sobre a rocha de Sua Palavra. Não vamos apenas ouvir as palavras de Cristo, mas por Sua graça, vamos segui-las.
Oração
Convido você a orar comigo agora mesmo. Pai nosso que estás nos céus, obrigado porque Tu és a rocha sólida sobre a qual podemos estabelecer o alicerce de nossa vida. Ajuda-nos a não colocar nossas crenças e vidas em coisas transitórias e na areia, que representam falsos ensinamentos. Senhor, ajuda-nos a nos firmar sempre em Ti. Obrigado agora por nos ouvires. Em nome de Jesus, amém!
Ted Wilson é o presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.