O Encontro de Absalão com o Carvalho

Lição 12 - A Rebelião de Absalão (Dc.... - Tudo Sobre a EBD | Facebook


LER PROVÉRBIOS 29:23

“A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de
espírito obterá honra.”
Uma outra versão do texto que lemos, assim se expressa:
“O orgulhoso acaba sendo humilhado, mas quem é
humilde será respeitado.”.
Soberba e orgulho são a mesma coisa. O dicionário qualifica o orgulho como sendo “o excesso de admiração que o indivíduo tem em relação a si próprio, baseado em suas próprias características, qualidades ou ações. O orgulho muda a maneira como a pessoa vê a si mesma e vê o mundo. O orgulho é ilusório, rancoroso e amargo e por conta disso, aquele
que o tem, é capaz de desenvolver muitos outros sentimentos
e ações destrutivas. Por isso o orgulho é considerado o “pai
biológico” de todos os pecados capitais.
A Bíblia relata o primeiro caso de orgulho que nasceu no
coração do anjo que ficava ao lado do trono de DEUS – Lúcifer,
que desejava ser mais do que era, ele queria ser Deus. Há infelizmente, outros personagens que desenvolveram esta caraterística e um deles é Absalão.

I. O BERÇO DE ABSALÃO
A história de Absalão é breve e não é bonita. Seu nome significa “O Pai é Paz”, o que é bastante contraditório com sua vida pessoal e familiar. Absalão nasceu em Hebrom e foi o terceiro
filho do rei Davi. Sua mãe se chamava Maaca, filha de Talmai
rei de Gesur, um pequeno reino árabe a leste da Galileia. Ele
tinha tudo para ser um brilhante estrategista político e militar,
contudo, crescer no palácio do rei, pode não ter sido uma experiência tão agradável para a formação do seu caráter. Ter conhecimento do pecado do pai, somado ao fato de viver numa
casa com as muitas mulheres de Davi e de vários meios-irmãos,
trouxeram consequências dolorosas e profundas em sua vida.
Duas características principais o distinguem: seus longos cabelos e sua aparência física que, segundo a Bíblia, era sem defeito (2 Sam. 14:25)! Ao ler sua biografia, conhecemos alguns
detalhes sobre o homem Absalão, mas nenhum destaque para a
sua vida espiritual. Assim, a maneira como agiu, nos leva a concluir que Absalão não teve um verdadeiro encontro com Deus.
“Honra a teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus
dias na terra que o Senhor, teu Deus te dá” (Êx. 20:12), era um
dos mandamentos que todas as crianças hebreias repetiam e
memorizavam. Era a parte importante conhecer a Lei, especialmente os filhos do rei. Absalão aprendeu esse mandamento junto aos outros irmãos, mas para ele não passavam de palavras vazias. Esse menino tinha outros planos que, no final, lhe custaram muito caro.
Lemos nas Escrituras que Deus havia escolhido, preparado
e, finalmente, estabelecido Davi no trono de Israel. No entanto,Porém, o envolvimento do rei Davi com o pecado (adultério
e assassinato) foi maléfico, enfraquecendo espiritual e moralmente sua família e a nação. Os frutos amargos destes atos, foram colhidos por ele e seus descendentes, que, antecipadamente foram profetizados por Natã “quatro de seus filhos
deveriam cair, e a perda de cada um deles seria o resultado do
pecado do pai” (PP, 727). Isso, não porque Deus pré-determinara, mas porque Ele previu as consequências.
II. AS INTRIGAS FAMILIARES
A narrativa bíblica sobre o declínio do relacionamento familiar entre Davi e seus filhos iniciou quando o filho mais velho (Amnon) violentou a sua meia-irmã (Tamar) – que era justamente irmã de Absalão. Ao saber do ocorrido, Davi se indignou
muito, mas nada fez (2 Sam. 13:21). Absalão acolheu a sua irmã
desolada em casa consolando-a; enquanto isso, começou a
planejar secretamente a vingança contra seu meio-irmão, esperando o momento mais adequado para, então, executá-lo.
Depois que matou Amnon, Absalão teve que fugir para a casa
de seu avô materno em Gesur e ficou distante do pai por três
anos.
O que ele precisava era de um pai que o amasse o bastante
para lidar severamente com sua violência, mas ele . O que ele
teve foi um pai relutante e temeroso de prejudicar o afeto do
filho em relação a ele. O que Davi conseguiu agindo dessa forma, foi um filho que o odiou pela sua falta de autoridade – um filho que resolveu secretamente derrubá-lo. Por sofrer a culpa
de seu próprio pecado, Davi não estava disposto a mostrar a
Absalão qualquer aparência de justiça.
“Davi tinha negligenciado o dever de punir o crime de
Amnon, e, por causa da infidelidade do rei e pai, […]
o Senhor permitiu que os acontecimentos tomassem
seu curso natural, e não restringiu Absalão” (PP, 728).
O retorno de Absalão a Jerusalém aconteceu por parte de
uma estratégia de Joabe, mas não foi positivo, pois ao retornar,

o rei Davi ficou sem falar com ele por mais dois anos, o
que contribuiu para alimentar e fazer crescer o grande ódio e
amargura que Absalão nutria no seu coração para com o pai.
Apesar de todos esses acontecimentos na vida de Davi e Absalão serem proféticos, devemos admitir que Davi, por sua vez, também fracassou na educação de seu filho. Nada justifica o
procedimento errado dos filhos, mas por vezes, os pais contribuem para que eles tomem o caminho da rebeldia e da vingança. A Bíblia diz:
“E vós pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas
criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Ef. 6:4).
Davi permitiu o retorno de Absalão, mas não estava pronto
para perdoá-lo; a reconciliação forçada e o ‘perdão’ foram meramente formais. Não se relata nenhuma conversa entre Davi e Absalão, que passou a cobiçar o trono de seu pai. Seu coração
não estava disposto a conviver em harmonia com Davi, pois
perdera completamente o respeito por ele.
Ao ocultar seu duplo pecado, Davi pôs-se a levar uma vida
relaxada espiritual e publicamente; ele não estava mais julgando as causas como deveria; os problemas do reino acumulavam-se, aumentando dia a dia a insatisfação do povo.
“Tendo sempre diante de si a lembrança de sua própria transgressão à lei de Deus, Davi parecia moralmente paralisado; era fraco e irresoluto, quando antes
de seu pecado era corajoso e decidido. Sua influência
junto ao povo se havia enfraquecido. E tido isso favorecia os planos de seu filho desnaturado” (PP, 729).
A partir deste ponto da história, Absalão começa a usar algumas estratégias para pôr em prática o plano de conquistar por todos os meios – ainda que corruptos e violentos, o trono
de seu pai.
III. AS CARACTERÍSTICAS DE ABSALÃO
No desenrolar da narrativa bíblica de 2 Sam. 14-15, podemos notar algumas atitudes marcantes de Absalão e extrair algumas lições:

  1. Absalão era um homem atraente. “Não havia, porém, em
    todo o Israel homem tão celebrado por sua beleza como
    Absalão; da planta do pé ao alto da cabeça, não havia nele
    defeito algum” (2 Sam. 14:25). Um presente maravilhoso recebido do seu Criador! Não é pecado ter uma boa aparência, mas é pecado se achar superior por tê-la.
  2. Absalão era um homem vaidoso. Ele possuía longos cabelos e uma vez ao ano era realizado o corte deste “… porquanto muito lhe pesava” (2 Sam 14:26); o peso do cabelo
    cortado chegava a cerca de 2 kg. O cabelo era um sinal de
    vigor, mas pesar o próprio cabelo, revela um amor-próprio
    excessivo. O historiador Josefo afirma que “os judeus costumavam untar os cabelos com óleo e espargir nele ouro em pó, a fim de que flamejassem ao sol” (Bíblia SHEDD 2003,
    456)! Cuidar da aparência é necessário. Todos somos príncipes porque somos filhos do Rei dos reis, mas esse mesmo Rei nos adverte contra a vaidade.
  3. Absalão era um homem acolhedor. Após ser surpreendido pela triste notícia de que sua querida irmã Tamar havia sido violentada, Absalão não desprezou sua irmã, antes a
    acolheu em sua casa. (2 Sam 13). Certamente Absalão agiu
    por bondade, pois considerava muito a sua irmã; mas a partir deste momento, ele passou a dedicar seus dias para planejar a sua vingança contra Amnon, bem como começar a
    construir seu sonho de cobiça e poder.
  4. Absalão amava ostentar-se e demonstrar poder. Lemos
    em 2 Sam. 15:1: “Depois disto, Absalão fez aparelhar para
    si um carro e cavalos e cinquenta homens que corressem
    diante dele”. Após seu retorno do exílio, e de ser aceito
    novamente pelo rei, em vez de assumir uma postura de
    humildade e arrependimento, ele formou um séquito de
    “batedores” que “corriam adiante dele”, o que certamente
    contribuía muito para chamar a atenção para a sua pessoa.
  5. Absalão era habilidoso na comunicação com as pessoas.
    “Levantando-se Absalão pela manhã, parava à entrada da
    porta; e todo homem que tinha alguma demanda para vir
    ao rei em juízo, o chamava Absalão a si e lhe dizia: de que
    cidade és tu? Ele respondia: De tal tribo de Israel é teu Servo…” (2 Sam 15:2). Ele era articulado, escolhia as palavras e dominava perfeitamente a arte de abordar as pessoas e
    prender a sua atenção. Esta é uma boa virtude desde que
    não seja usada com más intenções.
  6. Absalão era dissimulado e enganador. “Então Absalão
    lhe dizia: Olha, a tua causa é boa e reta, porém não tens
    quem te ouça por parte do rei” (2 Sam. 15:3). Com certeza
    existia quem ouvisse as pessoas em suas questões; é claro que nem toda a causa era “boa e reta”, mas Absalão na verdade estava minando a autoridade e função do rei Davi,
    seu pai – de quem estava tentando usurpar o trono a qualquer preço. Continua o texto bíblico: “Dizia mais Absalão:
    Ah! Quem me dera ser juiz na terra, para que viesse a mim
    todo homem que tivesse demanda ou questão, para que lhe
    fizesse justiça!” (2 Sam 15:4). Como poderia Absalão estar
    tão preocupado com a ‘justiça’ na terra, sendo que o que
    ele estava fazendo era exatamente o oposto disso? Na verdade, ele não estava interessado nos problemas do povo, nem em ajudar seu pai a governar bem; o que ele queria
    era saber o nível de insatisfação do povo contra o rei e, assim, obter o apoio popular contra seu pai.
  7. Absalão era bajulador, demagogo. Segundo o dicionário Oxford, bajulador é o indivíduo que bajula – que é tido como um aproveitador e oportunista, pois se utiliza de falsos
    sentimentos para conquistar os seus objetivos. “Também,
    quando alguém se chegava para se inclinar diante dele, ele
    estendia a mão, pegava-o e o beijava” (2 Sam 15:5). Absalão sabia fazer com que os que o visitassem se sentissem importantes, levando-os a acreditar que poderia cuidar melhor dos assuntos do reino se, ao menos fosse juiz –, o que era uma forma sutil de criticar o pai querendo demonstrar
    uma suposta humildade.
  8. Absalão era um homem traiçoeiro. “Desta maneira fazia
    Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo e, assim,
    ele furtava o coração dos homens de Israel” (2 Sam 15:6).
    Este príncipe egoísta mostrou-se um verdadeiro guerreiro
    sem escrúpulos, na busca frenética para conseguir seus objetivos, usando todos os artifícios à sua disposição para ‘furtar’ o coração do povo e granjear seu apoio. A atitude de
    Absalão é comparada ao que Satanás fez, induzindo os outros anjos a se aliarem a ele em sua rebelião contra Deus (Ez. 28:16; Ap. 12:14). A partir deste ponto da narrativa, vemos
    que Absalão não procurou mais ocultar seus planos, tornando-os cada vez mais evidentes para a concretização de seu sonho: ser rei. Ele foi a Hebrom, sob o pretexto de “…prestar
    culto ao Senhor” (2 Sam 15:7 a 9), onde de lá, intencionava
    ser coroado rei. “Enviou Absalão emissários secretos por todas as tribos de Israel, dizendo: Quando ouvirdes o som das trombetas, direis: Absalão é rei em Hebrom” (2 Sam 15:10).
  9. Absalão era um estrategista paciente. Chegamos ao ponto da história em que Absalão já havia usurpado o trono de seu pai, e tomado “posse “do palácio do rei e de suas
    concubinas – o que era uma afronta indescritível. Absalão
    conseguiu seu objetivo pela audácia. No palácio, ouvia seu
    conselheiro Aitofel, que, anteriormente, também havia sido
    o conselheiro de seu pai. Ele também ouvia uma segunda
    opinião, de outro conselheiro – Usai – que estava do lado de
    seu pai, o que ele não imaginava. Sua paciência em escutar
    e analisar os dois conselheiros, é digna de admiração.
  10. Absalão era um homem presente. Com certeza existem
    outras atitudes marcantes mas a última que iremos partilhar,
    foi a causa de sua morte. Certamente a sua queda iria acontecer mais cedo ou mais tarde, porém vale destacar que Absalão não ficou em seu palácio esperando notícias sobre o
    que estaria acontecendo na guerra – ele foi pessoalmente
    à batalha, e por uma situação tão inusitada, se encontrou
    vulnerável e assim foi morto.
    IV. ABSALÃO E SUA MORTE
    Davi, que havia fugido de Jerusalém temendo pela sua própria vida, teve que montar seu exército para lutar contra o próprio filho. Davi, o homem que não temeu a boca do leão, não
    temeu as garras do urso, aquele que matou o gigante filisteu
    no vale de Elá… fugiu do filho para salvar a vida como um menino medroso (2 Sam 15:14). Diante de todo esse contexto de fuga, deu pessoalmente ordens expressas aos seus três comandantes para que tratassem com brandura o jovem Absalão
    – isto é, que poupassem a sua vida (2 Sam 18:5).
    Você já observou como nossas ações se voltam facilmente
    contra nós? Absalão armara o golpe sem que seu pai o soubesse e agora, estava provaria do seu próprio veneno. A palavra de Deus nos alerta a esse respeito:
    “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gal. 6:7).
    Com um servo de Davi (Aitofel), Absalão traíra seu pai; com
    um servo de seu pai (Usai), Absalão agora era traído – pois foi
    dele o conselho para que Absalão fosse pessoalmente à guerra! É a lei espiritual da semeadura. Não há como escapar.
    A batalha aconteceu no bosque de Efraim. Os soldados fiéis
    a Absalão e fiéis a Davi entraram em combate. “Ali, foi o povo
    de Israel batido diante dos servos de Davi; e naquele mesmo
    dia, houve grande derrota, com a perda de vinte mil homens”
    (2 Sam. 7,8). Ao ver que estava em desvantagem, Absalão resolveu bater em retirada. Entretanto, infelizmente, era tarde demais!
    Ler 2 Sam. 18:9, 14 e 17
    A sua cabeça, que era tão bela, motivo de admiração por
    todos, foi a causa de sua ruína, prendendo seus cabelos. Ali
    suspenso, ele foi morto por Joabe e seus escudeiros. Triste e
    humilhante fim para aquele jovem príncipe, dotado de dons
    e habilidades dados por Deus, mas que colocou os seus próprios interesses acima dos interesses de seu povo, de seu pai e de seu Deus, por causa do orgulhoso e soberba. Nem sepultado junto ao túmulo da família real ele foi. Na verdade, Absalão
    perdeu a vida muito antes deste dia fatídico, ao entrar pelos
    caminhos da desobediência e da rebelião, devido aos por causa do seu orgulho.
    V. O PROBLEMA DO ORGULHO
    A rebelião do príncipe Absalão não se tratava somente de
    oposição ou resistência à autoridade, mas uma ânsia frenética
    por poder, motivados pelo seu coração orgulhoso. A Bíblia diz
    que “sobre tudo que se deve guardar, guarda o teu coração,
    porque dele procedem as fontes da vida” (Prov. 4:23).
    O mal do orgulho começa ao se alimentar pensamentos
    de que se é melhor que os demais, mas também com pensamentos de mágoa e rancor. Absalão tinha estas duas raízes e há muitos hoje que sofrem do mesmo mal. Guardar ofensas e
    não perdoar, geram o desejo velado de vingança que pode se
    manifestar em ações futuras ou na alegria em ver algo de ruim
    acontecendo com o outro. O orgulhoso finge ser alegre, mas
    ele é triste e não tem paz. E por que não tem paz?
  11. Porque querer estar acima dos outros, faz a pessoa viver
    sempre em estado de alerta com medo de perder a posição ou com a preocupação de que os outros descubram seus temores e seu possível senso de inferioridade. Isso traz
    ansiedade e sofrimento.
  12. Porque desejar ser o centro das atenções, gera conflito nos
    relacionamentos; o orgulhoso afasta as pessoas de si e ele
    afasta de Deus.
  13. Porque provar constantemente o valor que se tem, faz a
    pessoa exigir muito de si mesma e a impede de viver os
    momentos e relaxar, ser feliz.
  14. Porque agir agressivamente, rebaixar o outro se tornam práticas usuais, pois tudo vale quando se deseja ser superior e isso produz o medo de ser descoberto.
    O orgulho traz falsos amigos, gera doenças, solidão e morte. Assim foi o fim de Absalão com seus cabelos enroscados em um carvalho. Não é difícil imaginar Absalão nessa situação,
    pois o carvalho é uma árvore que possui muitos galhos. Quanto mais idade têm, mais seus ramos se inclinam e, com uma cabeleira, Absalão facilmente se enroscou. Interessante, no entanto, que esta árvore nos dá uma lição oposta à de Absalão. O
    carvalho sofre muito com as intempéries da natureza, mas com
    isso, seu tronco se revigora e suas raízes se aprofundam na Terra. Esta árvore se transforma em uma metáfora de resistência, resignação e submissão.
    Podemos considerar que fosse coerente a mágoa de Absalão, tendo em vista o que aconteceu com a sua irmã, mas um erro não justifica o outro. Absalão se esqueceu de que, antes
    de ser filho de Davi, ele era filho de Deus.
    Antes de nos vermos como filhos de pais que erram conosco, antes de nos deixarmos levar pela vingança, de sermos
    melhores que os outros, precisamos nos lembrar que TODOS
    SOMOS FILHOS do mesmo Pai que é Deus, um Deus perfeito
    e todos somos irmãos. Precisamos ter um encontro com Jesus
    e aprender a olhar para Ele como exemplo de vida. Assim seremos influenciados a pensar, a sentir e agir como Ele não correndo o risco de morrermos enroscados por causa do nosso
    orgulho.

    Todo aquele que aceita a Jesus como Salvador, encontra
    libertação do pecado, do orgulho. Todo aquele que permite
    que o Senhor seja o dono de sua vida, aprenderá, com Ele, o
    que significa ser humilde. Ser humilde não significa não reconhecer suas habilidades e valor pessoal. Aliás, não há problema em ser elogiado, em ser bonito ou ser bem-sucedido, o
    desafio é olhar a si mesmo com moderação e fixar Jesus como
    modelo e segui-lO.
    O orgulho não produz nada de bom, nem mesmo o arrependimento. “Deus não considera todos os pecados igualmente graves; há aos Seus olhos, como aos do homem, gradações
    de culpa; por mais insignificante, porém que este ou aquele
    mau ato possa parecer aos olhos humanos, pecado algum é pequeno à vista de Deus. […] A pessoa que cai em algum pecado
    grosseiro sente, talvez, sua vergonha e miséria, e sua necessidade da graça de Cristo; mas o orgulho não sente necessidade alguma, e assim fecha o coração a Cristo e às infinitas bênçãos
    que veio dar” (CC, 30). Lúcifer representa a soberba e o orgulho e ele se fechou para o arrependimento. Jesus representa
    a humildade – o homem que sendo igual a Deus escolheu por
    rebaixar-se à condição humana e a sofrer a morte de cruz.
    Sim amigos, muitos pensam ser vantagem fazer parte de uma família real, viver em um luxuoso palácio, ter tudo o que desejar, servos para realizar todas as suas vontades, ser famoso e popular…, mas nem sempre é assim tão bom. Absalão
    tinha tudo isso, mas faltava-lhe o principal, senão vejamos: – “O
    temor do Senhor é o princípio da sabedoria…” (Prov. 9:10). – “O
    temor do Senhor aumenta os dias, mas os perversos terão os
    anos abreviados” (Prov. 10:27) – “O temor do Senhor é fonte de
    vida, para desviar dos laços da morte” (Prov. 14:27).
    Que o triste relato desta breve história seja um constante
    lembrete de que o mal é sempre o resultado direto do pecado. Embora o pecado se insinue nas famílias e comunidades,
    temos a oportunidade de encontrar a Jesus e sermos alvos da
    Sua graça geração após geração e termos nossa mente e vida
    mudados. Absalão se fechou para esta graça e não o encontraremos embaixo da árvore da vida. Davi, por outro lado, se humilhou diante de Deus, se arrependeu e proferiu uma oração
    que deve ser a de todos nós: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” (Sal. 51:10). Com esta renovação, todos nós poderemos marcar um
    encontro junto a árvore da vida e louvar a Deus por esta graça
    infinda.

  1. Élvia Andrade – Líder do MM da Associação Norte Catarinense.
    Bibliografia
    Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, Vol.2 / Pag. 714 – 748 Casa Publicadora Brasileira.