Vencer é Perdoar

HISTÓRIA DAS CRIANÇAS

“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também
vosso Pai celestial vos perdoará a vós” (Mt 6:14).
Andrew e Tony eram melhores amigos. Eles costumavam brincar juntos, falar ao telefone todas as tardes e até mesmo se visitar ou andar de bicicleta no parque quando seus pais tinham tempo para levá-los. Ambos estavam na quarta série da mesma escola, mas frequentavam turmas diferentes: Andrew estava na turma A, enquanto Tony estava na turma B. Às vezes, eles até aprendiam juntos, e toda a escola sabia que eles eram melhores
amigos.
Mas um dia, no final do ano letivo, quando realizavam os campeonatos esportivos anuais, os dois amigos encontraram suas turmas competindo entre si nas finais da Copa de Futebol.
Andrew e Tony eram muito bons no futebol, e seus colegas sabiam que eles costumavam ganhar quando estavam no mesmo time. Mas dessa vez todos estavam curiosos sobre a partida e como os dois melhores amigos lidariam com a nova experiência de competir um contra o outro.
“Agora, espero que você se lembre de que as competições esportivas e até mesmo o prêmio são conquistas passageiras, mas os amigos são para a vida toda”, a mãe de Andrew o lembrou na manhã em que o levou de carro à escola para o dia da grande competição. “Sim, Mãe, os amigos vêm primeiro!” Andrew repetiu, citando o lema que ele e Tony usavam com frequência. Pouco antes do início da competição, Andrew foi até Tony
e, cumprimentando-o com um aperto de mão único, ele disse:
“Melhores amigos, não importa o que aconteça, certo?” “Certo”, respondeu Tony, como uma promessa.

Mas, ao entrarem no campo de esportes, o professor começou a dizer a cada um o quanto confiava neles. Ao verem a expectativa nos olhos dos colegas e o placar muito acertado, Andrew e Tony entenderam que não seria uma partida fácil, nem teriam como evitar o confronto. Os números mudavam constantemente de vantagem para uma equipe. Nos últimos cinco minutos de jogo, o placar estava empatado: 6 x 6. As apostas eram altas, e
Andrew e Tony eram a “esperança” de suas equipes. “Você é nossa última chance!”, sussurrou Max no ouvido de Andrew, quando o time adversário veio para o ataque final.
Esquecendo por um momento o conselho de sua mãe e sua verdadeira amizade, e vendo Tony avançando e direcionando a bola para o gol, Andrew cometeu uma falta em Tony, fazendo-o tropeçar, cair e perder a bola. O árbitro viu, é claro, e deu um cartão vermelho a Andrew. A equipa de Tony venceu ao marcar um gol de 11 metros. Mesmo assim, Tony não pôde aproveitar a vitória. Seu coração estava amargo por causa da atitude e do comportamento do amigo. Após a partida, ele trocou de roupa
e foi direto para casa, recusando-se a falar com quem quer que fosse.
Naquela noite, Andrew não conseguiu dormir. Ele perdeu a ligação do amigo. Ele entendeu que mesmo que tivesse vencido o jogo, se perdesse um amigo, não valeria a pena. Ele se sentiu péssimo por ser injusto com Tony. Por outro lado, Tony estava deitado na cama, olhando para o teto, sentindo a amargura de ser traído. “Eu nunca vou perdoá-lo”, disse ele à mãe quando
ela veio dizer boa-noite. “Acho que você está perdendo uma vitória maior do que a que ganhou hoje”, disse sua mãe. “Qual?”
perguntou Tony. “A vitória consigo mesmo. Eu sei que você pode perdoar Andrew. Você só não quer, porque ele te traiu na frente das outras crianças. Mas perdoar Andrew é a verdadeira partida que você tem que ganhar ou perder!”
No dia seguinte, mancando, Tony foi à sala de aula de Andrew durante o primeiro intervalo e disse que não estava chateado.

Ele não queria deixar um jogo destruir sua amizade. E mesmo que não fosse culpa dele, ele ainda queria ser amigo de Andrew.
Com lágrimas escorrendo de seus olhos, Andrew abraçou o amigo, com vergonha de dizer qualquer coisa que não fosse “obrigado!”. Andrew e Tony estão com 41 anos agora, mas continuam sendo melhores amigos!

Perguntas:

  1. Por que você acha que relacionamentos e amigos são
    mais importantes do que outras conquistas?
  2. Como você descreveria um verdadeiro amigo?
  3. Você sabe que Jesus é seu amigo, mas como pode ser
    amigo de Jesus também?