7 dicas para uma dieta nutritiva sem proteína animal

Viva Leve

Boas dicas para quem deseja entender o valor da proteína vegetal e a substituição por aquela que é de origem animal. (Foto: Shutterstock)

Vegetarianos são fracos? Será que normalmente associamos o vegetarianismo a pessoas extremamente magras, sem vitalidade, olhar de cansaço e sem energia para as atividades diárias? É possível ter uma dieta livre de proteína animal e mesmo assim ser saudável e ter vitalidade? Vamos juntos falar mais sobre esse tema e vermos que é possível ter uma alimentação saudável, rica e saborosa sem produtos de origem animal.

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Em primeiro lugar, é importante entender que nossas escolhas podem nos levar a ter uma vida com ou sem equilíbrio. Ao nosso redor, encontramos pessoas com hábitos alimentares impecáveis e outras que adoram alimentos fast food. Essa característica não se restringe somente ao tipo de dieta de cada um. Diz respeito aos hábitos e costumes que carregamos desde infância e novos hábitos que incorporamos ao longo da vida.

É possível ter uma dieta saudável e equilibrada com alimentos de origem vegetal. Dietas vegetarianas são capazes de fornecer carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais em quantidades suficientes para suprir todas as necessidades corporais.

Vemos estudos que demonstram que os alimentos de origem vegetal promovem mais qualidade de vida e, consequentemente, mais longevidade. Vamos pensar em como a nossa dieta deve funcionar na prática?

Vamos analisar sete pontos importantes:

  1. Toda modificação alimentar, com carne ou não, deve ser realizada com o auxílio de um nutricionista. Além disso, é muito importante, antes de marcar a consulta, verificar se o profissional sabe trabalhar com a dieta vegetariana e respeita a sua escolha. Ter um acompanhamento médico e nutricional regular é bom para todos. Vegetarianos não precisam consultar profissionais de saúde com mais frequência do que não vegetarianos.
  2. Ninguém se sustenta apenas com salada! Salada é uma parte importante, mas não pode ser a base de uma alimentação. Nunca se esqueça, você não precisa passar fome para ficar magro! ara isso, precisamos que um conjunto de fatores seja feito.
  3. Faça o uso de cereais integrais e feijões que são grandes aliados na dieta vegetariana. Junto com os demais grupos alimentares (frutas, verduras, leguminosas e cereais), e com o auxílio do seu nutricionista, montar uma dieta rica e com variedade. Isso evita que, em pouco tempo, você se canse e enjoe da dieta e logo desista do seu objetivo, que é ter uma vida mais saudável.
  4. Não troque a carne por ovos e queijos. Essa substituição é inadequada em termos de necessidades nutricionais. Em uma dieta vegetariana, as leguminosas são as substitutas ideais para as carnes. Exemplos que podemos deixar se relacionam ao grão-de-bico, ervilhas, lentilhas, favas, soja e todos os tipos de feijão. Por serem mais nutritivas e ricas em proteínas, são escolhas mais adequadas do que a PVT (proteína vegetal texturizada), conhecida como carne de soja. O tofu pode ser um grande aliado na dieta vegetariana. Ele faz parte do grupo dos feijões, por ser derivado da soja. Ele é uma boa opção, pelo seu alto teor de proteínas e por conter cálcio de fácil absorção. Ele pode ser usado de diversas formas, o que vai ajudar na variedade e substituição da sua dieta.
  5. Vegetarianos podem vir a desenvolver uma deficiência de vitamina B12. Esse é o único nutriente que talvez precise ser complementado, mesmo com uma alimentação bem planejada. A vitamina B12 só está presente em quantidade significativa nos alimentos de origem animal. Devemos lembrar que leite, queijos e ovos são de origem animal e contêm essa vitamina. Logo, quem consome esses alimentos regularmente talvez não precise de complementação. Por isso, a orientação de um profissional faz toda a diferença, pois, dependendo do caso, seja necessária uma suplementação.
  6. Toda dieta deve receber a orientação de um profissional competente, seja de um nutricionista ou um médico nutrólogo. O cardápio de um vegetariano deve incluir alimentos ricos em zinco, ferro, cálcio, vitamina B12 e gorduras do tipo ômega-3. São inúmeras informações, em que somente um profissional vai ser capaz de conduzir você em um plano alimentar que se adeque a sua realidade econômica, rotina, gostos pessoais, e acima de tudo, sua felicidade.
  7. Se o processo de mudança de hábitos alimentares não for leve e agradável provavelmente você irá desistir no meio do caminho. Não desista, persista! A formação de hábitos saudáveis leva tempo e precisa de dedicação, então use as dicas a seu favor e busque uma nova fase para a sua vida.



Thaís Trivelato

Thaís Trivelato

Perfil do autor

Thaís Trivelato é nutricionista e pós-graduada em auditoria em saúde. Atualmente trabalha na área de auditoria de empresas de alimentos. 28 de agosto de 2019