Texto bíblico: “De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam” (1 Coríntios 12:26).
Reflexão: A Bíblia apresenta vários relatos de jovens que sofreram abuso. Vamos refletir sobre dois desses relatos hoje. O primeiro deles, registrado no livro de Gênesis, conta a triste história da vida de Diná, filha de Jacó. Apesar de seu pai temer a Deus, algumas de suas escolhas trouxeram graves consequências para toda a família, como, por exemplo, a escolha de se casar com quatro mulheres. Sempre houve confusão e uma sombra de tristeza no lar de Jacó. Talvez essa tenha sido uma das razões porque Diná, apesar de ter sido criada no temor de Deus, não fez uma escolha muito sábia ao se expor a uma sociedade mundana. Sua escolha foi baseada na necessidade de conhecer novos amigos, mas ela não mediu as consequências de se sociabilizar com pessoas que não tinham os mesmos princípios e, naquele meio, acabou sendo violentada por um jovem sem escrúpulos que fez com que sua vida, dali em diante, fosse manchada pela desgraça.
Um segundo caso que a Bíblia apresenta é o de Tamar, filha do rei Davi, abusada por seu próprio irmão. Ela também cresceu em um lar onde o pai temia a Deus; porém, a poligamia havia sido praticada trazendo inúmeros problemas para a família. O mau exemplo de Davi favoreceu a promiscuidade entre seus filhos e a falta de respeito pelo próximo. Um desses filhos foi Amnom, que, de uma forma muito astuta, planejou o cruel abuso de sua meia irmã Tamar.
Em ambas as histórias, o abuso aconteceu apenas uma vez e, independente se foi praticado por um conhecido ou desconhecido, uma coisa é certa, ele trouxe consequências negativas para o resto da vida daquelas jovens. Agora, imagine casos onde a pessoa é abusada vez após outra, sob ameaça de morte. Que situação terrível!
Adolescentes e jovens precisam ser instruídas para que esse mal seja eliminado e suas vidas sejam restauradas. Elas precisam ser aconselhadas a evitar comportamentos que as coloquem em posição de risco, mas, acima de tudo, precisam encontrar libertação emocional e espiritual uma vez que sofreram o abuso. Precisam aprender a conviver com uma cicatriz do passado, mas sem deixá-la prejudicar a vida futura.
Deus não nos fez para sermos escravos, mas livres de toda e qualquer forma de abuso, pois Ele nos ama e pagou um preço alto demais para deixar que continuemos a sofrer. Essa liberdade não se refere apenas ao livramento de um ato de abuso, mas à liberdade de sentimentos de culpa que as vítimas podem sentir pelo resto da vida.
“Tenhamos em mente que estamos lidando com almas que Cristo adquiriu para Si mesmo a um preço infinito. Oh! dizei aos errantes: Deus vos ama; Deus morreu por vós. Chorai por eles; orai com eles. Derramai lágrimas sobre eles, mas não fiqueis irados contra eles. Constituem a propriedade adquirida por Cristo. Procurem todos um caráter que expresse amor em todas as suas ações. ‘Qualquer que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar.’ Seria melhor não existir do que viver dia após dia destituído desse amor que Cristo revelou em Seu caráter e recomendou a Seus filhos. Cristo disse: ‘Amai-vos uns aos outros assim como Eu vos amei.’ Vivemos num mundo cruel, insensível, impiedoso. Satanás e sua confederação estão usando todo artifício para seduzir as almas pelas quais Cristo deu Sua preciosa vida. Todo aquele que ama a Deus com sinceridade e verdade, amará as almas pelas quais Cristo morreu” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 280, 281).
Que Deus nos ajude a termos um coração sensível e sempre pronto a ajudar adolescentes e jovens que, além de sofrer o abuso, sofrem a vergonha de ser expostas. Vamos orar por elas e ajudá-las a encontrar restauração.
Atividade: Além de interceder, talvez a melhor atividade que você pode fazer para ajudar adolescentes em risco seja orientá-las. Procure participar ou promover atividades com esse propósito em sua igreja ou comunidade. Seja um intercessor ativo.