Quando se fala em dinheiro devemos buscar conselhos de pessoas íntegras e habilidosas para que possamos diminuir os nossos erros, pois os erros cometidos nas finanças podem comprometer nosso relacionamento com Deus e com o próximo. As melhores pessoas para nos orientar, são as pessoas mais próximas, como parentes, amigos e irmãos de sua igreja. Devemos ter em mente que existe sabedoria nas multidões de conselhos. Gostaria de compartilhar aqui alguns conselhos que fizeram diferença em minha vida financeira:
1º conselho: Devemos entender que o dinheiro não é nosso dono. Muitas pessoas são escravas do dinheiro, buscam os recursos focados na avareza, cobiça e inveja (Provérbios 23:1-5; Tiago 4:2-4)
2º conselho: Devemos procurar exercitar o domínio próprio para obter as coisas de acordo com as nossas capacidades, nem sempre imediatamente. Pois é melhor poupar e comprar à vista do que se endividar em longas prestações. Quando endividados somos obrigados. 3º conselho: Só compre algo que você pode realmente pagar, pois quem promete quando sabe que não tem condições para pagar é um mentiroso indigno da vocação a que foi chamado (Efésios 4:1,25; Mateus 5:37). Ao invés de cuidar das suas obrigações como Deus mandou, o devedor acaba sendo dominado por outros (Provérbios 22:7). Falta domínio próprio, uma das qualidades essenciais da vida cristã (Gálatas 5:23; 2 Pedro 1:6).
4º conselho: Não se deixe escravizar pelo dinheiro. Os servos de Deus precisam ter completo entendimento dos princípios que a Bíblia ensina sobre o dinheiro para não serem enganados e escravizados por ele. Aprendemos nas Escrituras que nunca devemos colocar nossa confiança nas riquezas. Devemos trabalhar honestamente e diligentemente, lembrando que o Senhor está nos observando (Colossenses 3:22-25; Provérbios 27:23-27).
5º conselho: Não existem bons resultados sem dedicação no trabalho. Paulo escreveu aos que se acomodaram, confrontando esse problema nos homens ociosos em Tessalônica, e os sacudiu com palavras claras: “…e a diligenciardes por viver tranquilamente, cuidar do que é vosso e trabalhar com as próprias mãos, como vos ordenamos; de modo que vos porteis com dignidade para com os de fora e de nada venhais a precisar” (1 Tessalonicenses 4:11-12). Mostrar o amor ao próximo (Mateus 22:39)
6º conselho: Dinheiro é uma ferramenta. Quando consideramos tudo que devemos fazer com nosso dinheiro, compreendemos a importância da boa administração financeira. Nosso dinheiro é uma ferramenta que devemos empregar para fazer a vontade de Deus. Somos privilegiados em participar do trabalho de uma igreja e em ter condições para sustentar a família e ajudar outras pessoas com isso. E no final das contas, qualquer sacrifício que oferecemos será nada em comparação com o sacrifício de Jesus na cruz (Lucas 17:10).
7º conselho: Não podemos esquecer que quanto mais recursos em nossas mãos, maior a nossa responsabilidade para com a obra de Deus. A pessoa que usa seu dinheiro para servir da maneira que o Senhor quer, está se preparando para estar com Deus para sempre (1 Timóteo 6:17-19; Lucas 16:1-13). Considere o fato de que Deus lhe confiar bens é muito mais que uma responsabilidade, é um privilégio. Desde o início, a igreja
do Senhor tem recebido e usado dinheiro no seu trabalho. No Novo Testamento, aprendemos que a igreja recebeu dinheiro por ofertas voluntárias (Atos 4:32-37) dadas no primeiro dia da semana (1 Coríntios 16:1-4). Essas coletas foram feitas em cada congregação local, visava sustentar uma obra que estava em plena expansão da pregação do evangelho. Devemos ser fiéis em usar nossas finanças a serviço do mestre.
8º conselho: Está escrito “…Vós não sabeis o que sucederá amanhã.” (Tg 4:14). Lições vitais ensinadas por Tiago 4:13-17 e Mateus 4:7. Vale a pena comprar a prazo, fazer negócios ou dívidas para um período prolongado sem condições para quitá-las? Comprometendo a vida financeira da sua família pois quando os prazos se findarem e não houver os recursos disponíveis, com o quais possa quitar o débito? Agindo dessa forma, poderemos estar arruinando a nossa comunhão com Deus, saúde e reputação. Uma grande parte da população está nessa situação. E são pessoas de todos os níveis sociais, desde trabalhadores de baixa renda, profissionais liberais, e até empresários que administram mal as finanças, gastam mais do que ganham e não conseguem pagar todas as contas. Ou seja, a má administração financeira não depende, necessariamente do nível de renda das pessoas.
9º conselho: Gaste menos do que você ganha e planeje seus gastos. Ao falarmos de administração financeira pessoal, surge a seguinte pergunta: “Você gostaria de sempre ter dinheiro? ” Se a resposta for afirmativa, para que isso aconteça é necessário apenas colocar em prática o mais básico princípio de administração financeira: gastar menos do que se ganha e aprender a planejar os gastos. Cuidado para não adquirir o hábito da dívida e procurar exercitar o hábito da poupança.
10º conselho: E por fim, dê ofertas e pratique a generosidade mesmo enquanto você tem pouco, pois, se esperar ter muito para começar a fazer isso, pode ser que nunca faça. Assim como nas ofertas, Deus também se alegra quando somos generosos, principalmente quando o fazemos de coração. Um dos principais textos da Bíblia diz: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento”. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mt 22:37-39). Com as nossas finanças, como podemos demonstrar amor ao Senhor? Dízimos e ofertas. E como podemos demonstrar amor ao próximo? Generosidade.
As mãos diligentes governarão, mas os preguiçosos acabarão escravos.
“O que é que trouxemos para o mundo? Nada! E o que é que levamos do mundo? Nada! Portanto, se temos comida e com o que nos vestir, fiquemos contentes com isso. ” (1Tm 6:7-8). Esse texto bíblico nos ajuda a compreender uma das principais razões pelas quais as pessoas envolvem-se em problemas financeiros: elas não estão satisfeitas com aquilo que Deus já lhes concedeu. Podemos nos distanciar de muitas coisas, mas creio que é impossível vivermos atualmente sem utilizar o dinheiro ou negando sua importância. É claro que para administrar o dinheiro, é necessário ter uma fonte de renda. Por isso, o trabalho é fundamental. “Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão…” (Gn 3:19). Como o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, para ocupar melhores cargos e obter remuneração mais alta, é preciso estar preparado quando as oportunidades surgirem. Além de conhecimento e aptidão para exercer uma função, características pessoais de integridade e caráter também estão sendo cada vez mais valorizadas e precisam ser desenvolvidas. Isso exige esforço e dedicação. Por isso, devemos nos empenhar em qualificar-nos, em sermos diligentes no trabalho e em tudo o que fizermos. Quem age assim, certamente sempre terá trabalho. Lembre-se: “As mãos diligentes governarão, mas os preguiçosos acabarão escravos” (Pv 12:24).
Conclusão
“Honre o Senhor com todos os seus recursos e com as primícias de toda a sua renda” (Pv 3:9). Isso significa que devemos priorizar dar a Deus uma parte de nossa renda. As contribuições devem ser entregues como um ato de obediência e gratidão a Deus, e não como negociação. Devolver o dízimo permite expressar nossa gratidão pelo privilégio de ganhar um salário e também demonstra a compreensão de que não somos os donos dos nossos recursos, somos apenas administradores do dinheiro que Deus nos permitiu ganhar.
Pr Elmir Santos