O DEDO QUE APONTA PARA DEUS

Pr. Mark Finley

A pergunta vem quando menos esperamos.

Freqüentemente, em nossos momentos mais difíceis. Deus realmente existe?

Afinal, não podemos tocá-Lo, não podemos vê-Lo. Ele não faz aparições regulares no céu para nos convencer. Para a maioria de nós há momentos quando dúvidas nos vêm à mente: “Pode ser que essa história de anjos e milagres seja só conversa fiada”.

“Como realmente saber o que há além dele?” Hoje, tentaremos responder a estas indagações. Vamos tentar dar-lhe uma resposta simples e clara para suas dúvidas mais comuns.

Talvez você já tenha tentado explicar a alguém porque acredita em um Deus pessoal. Esperamos ajudá-lo a dar explicações claras. Quando Tommy era menino e vivia nas Montanhas Pocono, na Pensilvânia, ele viu um quadro inesquecível – debaixo da terra. A companhia de gás estava construindo um gasoduto perto da casa de Tommy e tiveram que dinamitar uma enorme pedra. Todas as tardes, quando voltava da escola, Tommy ficava horas vagando pela área dinamitada, explorando a paisagem recém exposta. Os desenhos que viu, de repente causaram nele uma profunda impressão. Eis como ele descreveu anos depois: “Eu era uma criança, não me interessava por arte; mas até mesmo eu reconhecia que aquelas cenas embaixo da terra eram lindas. Havia cores e padrões incríveis. Era como se um grande quadro abstrato estivesse escondido sob a terra onde só Deus podia ver – até que Ele o mostrou para mim.” O que Tommy viu na terra é a primeira das evidências de que há um Deus: desenhos na natureza.

Em tudo o que olhamos, vemos quadros que sugerem o trabalho de Alguém com incrível habilidade. Há beleza extraordinária nos detalhes. Mas tem mais. Qualquer um que já presenciou o desabrochar de uma flor e estudou o processo da fotossíntese, fica impressionado com a maneira como as plantas são nutridas. Este sistema sugere muita habilidade. Quem estudou os padrões de vôo das abelhas ou os hábitos sociais das formigas fica pasmado diante de tanta sabedoria, tanta tecnologia, por assim dizer, que foi acumulada naquelas minúsculas criaturas. Quem examinou como o olho humano processa ondas para substâncias químicas e impulsos elétricos que o cérebro transforma em visão, fica extasiado pela complexidade desse sistema independente. Essas visões íntimas da natureza nos deixam com a mesma certeza: Alguém projetou tudo isso. Quando um antropólogo, cavando as areias do Novo México, encontra uma pequena pedra triangular amoldada, examina-a com cuidado. Se ele vê marcas na pedra que sugiram que ela foi esculpida, imediatamente conclui que um índio americano fez o objeto. Tentará descobrir a idade da ponta da flecha e até mesmo determinar a que tribo pertenceu. Nenhum antropólogo de valor cogita que a ponta de flecha chegou ali por acaso, pela força da natureza. Jamais alguém tentou explicar que um raio, vento ou água poderia ter fabricado aquelas pontas de flecha. Parece óbvio para todos que um ser humano as fez. Imagine que, ao observarem seres vivos, infinitamente mais complexos, como samambaia azul e seres humanos, alguns cientistas afirmam que tudo aconteceu por acaso, pela ação instintiva das forças cegas na natureza.

O Dr. Gary Parker, professor de Biologia, autor de cinco livros didáticos muito utilizados, já pensou assim. Ensinou a teoria da evolução durante seus primeiros anos como professor universitário. Entretanto, ele começou a ter outras idéias. O que ele descobriu em sua especialidade, biologia celular e molecular, conduziu-o a uma convicção: Alguém projetara aquilo. Ele começou a ver que a maioria dos processos naturais eram CONTRA a evolução, não a favor.

Mutações genéticas, por exemplo. Deixemos que o Dr. Parker explique suas conclusões.

DR. GARY PARKER: Obrigado Mark. Mutações genéticas são mudanças casuais nos genes. Se você quer mutações para construir uma nova característica, ou um organismo novo, sinto muito, elas não funcionam assim. Seria totalmente impossível.

É como crer em milagre se você não acredita no Autor dos Milagres. Matemática, ainda não é o pior problema. As mutações acontecem de maneira oposta à proposta pela evolução. Elas mudam para pior. Elas fazem as coisas piorarem. A espécie humana, por exemplo. Já identificamos mais de 3.500 doenças por mutações só em nossa espécie. Algum evolucionista poderá dizer, como eu dizia: “Bem, sempre pode acontecer uma mutação para melhor.” Mas a qualquer provável mutação para melhor, sempre juntar-se-iam milhares de mutações prejudiciais à espécie. Nesse ponto o tempo torna-se em inimigo da evolução. Quanto maior o tempo envolvido, maior é a degradação na qualidade genética, maior a sobrecarga nos genes e a consequente decadência genética.

PR. MARK FINLEY: Obrigado, Dr. Parker. Em virtude de seus estudos sobre o assunto, o Dr. Parker participou amplamente, apresentando o “ponto de vista do criacionista”, um programa da TV americana. É co-autor dos livros “A Origem da Vida ” e “O que é Criação Científica”.

Seres vivos foram criados. Não foram formados por acaso. Esta é a primeira evidência que sugere um Criador. É surpreendente quantas pessoas ignoram as evidências, mesmo quando as presenciam. Você já tentou indicar algo para seu cachorro? Suponhamos que você quer que ele olhe para certa direção. Você estica o braço, aponta e agita o dedo, mas o que geralmente acontece? Ele senta e fica olhando para seu dedo, abanando o rabo. Você pode ficar em pé, apontando por horas, mas ele só vê sua mão. Ele não percebe o que você quer. O ser humano adquiriu essa percepção. A mão perfeita da natureza está apontando para o lugar. Seu engenhoso desenho está nos falando algo. Precisamos olhar na direção apontada, e para um Deus capaz de criar as maravilhas que vemos. Um poeta hebreu louvou esse Deus em uma linda canção sobre uma incrível terra frutífera. Veja como o salmista descreve o poder criativo de Deus: “Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas.” (Salmos 104:24). Há outro lindo desenho que aponta para a mesma direção. O desígnio da alma humana, nosso anseio por Deus.

O Sr. Kurimoto, um próspero empresário japonês, parecia ter tudo. Sua empresa de importação e exportação prosperava. Casou-se com uma mulher brilhante e bela e constituiu uma família bonita e feliz. Ele não ficou satisfeito ainda: Deve haver algo melhor na vida. Quando olhou para dentro de si, viu um grande vazio. Estava faltando algo. Ele não sabia o que era, mas sua alma precisava de um valor espiritual. O Sr. Kurimoto lutou vários anos contra isso, até que uma noite em que voltava para casa de trem, notou um jovem estrangeiro olhando pela janela. Ele não costumava levantar-se para falar com estranhos, mas algo o compeliu a ir até ao jovem americano e perguntar: “Você conhece alguém interessado em religião?” O americano apresentou-se como professor de Bíblia em uma escola inglesa e o convidou a ir lá. Durante as visitas subsequentes, o professor de Bíblia apresentou ao novo amigo o Deus da Bíblia e o evangelho de Jesus Cristo.

O Sr. Kurimoto encontrou aquilo que procurava. A mesma compulsão que o levava a buscar o significado da vida, o levou agora a estudar a Bíblia. Era como uma voz dizendo: “Continue lendo, continue lendo, até o fim!” Mais tarde, o Sr. Kurimoto perguntaria ao professor: “Por que eu falei com o senhor no trem aquela noite? Não entendo. Por que eu tinha aquele vazio interior enquanto procurava um sentido para a vida?” Esse empresário japonês estava cumprindo outro desígnio de Deus: o desígnio da própria mente. Fomos feitos para algo mais do que comer, beber, alegrar-se e morrer. Todos sentimos, em algum tempo, que deve haver um propósito mais elevado para a vida. Essa convicção é outro dedo que aponta para Deus. Sentimos no coração que deve haver um significado para a existência. Por quê? Porque foi assim que Deus nos fez. Foi assim que Ele projetou a alma humana. Falando a um grupo de filósofos em Atenas, o apóstolo Paulo disse-lhes o que vemos em Atos 17:27 e 28: “Ele (Deus) não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos e existimos.” Deus projetou-nos para estar com Ele. Viver e nos mover nEle. É por isso que o Criador nos atrai para Ele. Até mesmo no mais profundo desígnio do coração está o modo como Deus trabalha para modificar a alma humana. Não há evidência mais clara da atividade de Deus neste mundo, do que a transformação das pessoas. Nenhuma técnica psicológica ou estratégia de auto ajuda ou qualquer influência equipara-se à grandeza e poder das mudanças que Deus realiza no coração. Bêbados tornam-se pais responsáveis. Bêbados como Harold Hughes, cuja longa batalha contra a garrafa terminou em absoluta derrota. Entretanto, ele conheceu a Deus e achou força que não possuía. Ele abandonou a garrafa. Voltou para a família e chegou a tornar-se um altamente respeitado Senador dos Estados Unidos. Até mesmo frios assassinos são transformados. Assassinos insensíveis como Tex Watson, que chacinou uma família na casa deles. Mas ele encontrou-se com Deus e reconheceu o horror de sua culpa. Hoje, ninguém reconhece o velho Tex que com sensibilidade e alegria ministra aos presos da mesma prisão. Milhares e milhares de pessoas testificam da transformação de vida ao encontrarem um Deus vivo. Por quê? Porque Ele projetou nosso coração para ficarmos inquietos até encontrarmos nosso repouso nEle. Os desenhos que vemos na natureza e o sentimento do coração são dedos que nos apontam o Criador, mas esses dedos não nos informam especificamente como é Deus. Para saber como Ele é, temos de passar ao terceiro tipo de evidência e para o plano sem igual que remonta há milhares de anos na História. Quando Lew Wallace era estagiário de direito no Meio Oeste americano, um amigo ateu disse-lhe que, dentro de alguns anos, todas as igrejinhas brancas que pontilham a zona rural de Indiana seriam apenas uma recordação. Religião não tinha futuro. O Sr. Wallace não soube o que dizer. Ele percebeu, de início, que nada sabia sobre o Deus da Bíblia. Quase nada sabia sobre as Escrituras. Nenhuma compreensão tinha do assunto. A esta altura, o Sr. Wallace determinou estudar o assunto por si próprio. Decidiu examinar a Bíblia, utilizando sua experiência como advogado, buscando evidências confiáveis para tirar suas próprias conclusões. Ele supunha que o estudo seria triste e enfadonho e pensou em criar uma história de Jesus fora dos parâmetros conhecidos. A princípio, ele decidiu apresentar Jesus como um homem, incomum, talvez, mas apenas um ser humano. Entretanto, quando ele estudou o fundamento histórico da vida de Jesus, e examinou as narrativas dos evangelhos, começou a ver muito mais do que tinha imaginado. Esta história teve mais do que um propósito humano. Quanto mais estudava, mais Wallace se convencia de que Cristo era divino, e que a Bíblia era mais do que um livro, era a verdade inspirada por Deus. Certamente o mundo precisava de um Salvador e Wallace não poderia imaginar outro melhor do que esse Cristo. Wallace encontrou a Deus. Escreveu uma história sobre Cristo, em parte para expressar suas próprias convicções. Ele a chamou de BEN-HUR. Isso mesmo. Ben-Hur, o best seller que se tornou um dos maiores filmes de Hollywood. A Bíblia é o dedo que mais diretamente aponta para Deus. Na realidade, é uma carta que Ele nos escreveu por meio de vários profetas e apóstolos. E uma das coisas mais notáveis sobre essa carta são seus propósitos. A Bíblia é diferente de qualquer outro livro no mundo. Ela foi produzida por pessoas diferentes, de culturas diferentes, escrevendo em épocas diferentes. E ainda há uniformidade nesse documento. Tudo nela conduz a um clímax: Jesus Cristo. Como um todo, a Bíblia expõe temas muito superiores a opiniões próprias. O plano da salvação é repetido inúmeras vezes em suas páginas. Um tema tão importante esse nenhuma imaginação poderia criar. Há um propósito neste livro. O propósito de nos conduzir a Cristo. Uma das razões pelas quais Lew Wallace ficou assim impressionado com o evangelho, foi a constatação que a vida miraculosa e o ministério de Cristo estavam, com precisão, ligados a fatos históricos. Wallace reconheceu imediatamente que não era um piedoso conto de fadas inventado em algum lugar. Hoje podemos pisar o pavimento onde Cristo esteve diante de Pôncio Pilatos. Podemos subir os degraus do templo onde Jesus frequentemente discutia com os fariseus. Os evangelhos são o produto de testemunhas oculares que nos dão nomes e locais específicos. Vemos algo semelhante nos relatos do Velho Testamento. Os poderosos atos de Jeová não aconteceram em nenhum ambiente fictício. Hoje a arqueologia traz evidências da veracidade da Bíblia. – como as cavernas de Qumram.

As narrativas dos patriarcas combinam com os detalhes que descobrimos sobre os hábitos daquele tempo. O rei bíblico Nabucodonosor existiu. Podemos agora ler suas inscrições em edifícios que foram descobertos em Babilônia. Nenhum outro livro no mundo combina os incríveis atos divinos com detalhes históricos visíveis. Deus torna-se real em suas páginas. Sua presença pode ser sentida. Por quê? Porque foi assim que Ele projetou o livro. E aquele desígnio alcança seu glorioso cumprimento na vida de Cristo. É o argumento final de Deus sobre Si mesmo. Como o apóstolo Paulo disse em II Coríntios 4: 6 que Deus nos dá “… a iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.” Um estudante humanista chinês chamado Lin Yu Tang viu claramente isso, enquanto lia cuidadosamente os evangelhos. Ele ficou impressionado com o que chamou de “a inspiradora simplicidade e beleza dos ensinos de Jesus”.

O Sr. Yu Tang escreveu: “As escamas começaram a cair-me dos olhos. Eu descobri… que ninguém jamais falou como Jesus. Ele falou de Deus, o Pai, como quem O conheceu e identificou-Se com Ele na abundância de conhecimento e amor. Nenhum outro mestre humano revelou tal conhecimento pessoal ou tão grande senso de identidade com Deus…” Encontramos Deus em Sua carta pois ela foi projetada para nos levar a um encontro com o Cristo Vivo. Vimos hoje três coisas que nos dão evidência clara de que há um Deus lá fora: Os desenhos da natureza, os anseios de nosso coração e os propósitos da Bíblia. Cada um deles são dedos que nos apontam um Deus vivo e ativo. Cada um de nós tem uma escolha a fazer: Podemos olhar para a mão ou olhar para onde ela aponta. Podemos estudar cada detalhe da natureza e ainda não entender o essencial. Podemos tentar analisar a alma humana, mas não descobrir para onde nosso coração aponta. Podemos estudar até mesmo todos os fatos bíblicos e ainda assim deixar de ver o grande quadro, o dedo que aponta para Cristo. Precisamos olhar para onde a mão está apontando. Creio que se você der a Deus uma chance, Ele se tornará real para você. Comece pelas histórias que Cristo contou nos evangelhos. Sugiro que você comece a ler o evangelho de Marcos. Suas convicções crescerão. O Deus que, para você, era incerto e distante, se tornará muito próximo. Ele está ansioso para conhecê-lo na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo. Comece esta aventura agora.

ORAÇÃO: Pai querido, nós Te agradecemos por tudo à nossa volta que nos aponta em Tua direção Somos-Te gratos por Tua habilidade como Criador. Agradecemos por haver escrito esta maravilhosa carta, a Bíblia. Ajuda-nos a ver-Te claramente na pessoa de Jesus. Guia-nos ao Te procurarmos. Fala conosco. Faz-nos saber que estás presente e que nos aceitas individualmente. Em nome de Jesus, amém