O cristão adventista deve votar?

A Bíblia indica que o cristãos não são isentos dos deveres
civis. A evidência disso está na seguinte ordem de Cristo:
“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mar.
12:17). O Novo Testamento apresenta várias orientações a
respeito do dever cristão de honrar os governos civis
como instituídos por Deus (ver Rom. 13:1-7; Tito 3:1 e 2; 1
Pedro 2:13-17).
Ellen G. White escreveu: “Em nossa terra favorecida, todo
eleitor tem de certo modo voz em decidir que espécie de leis
hão de reger a nação. Não deviam sua influência e voto ser
postos do lado da temperança e da virtude?” (Obreiros
Evangélicos, p. 387). Recusar-se a votar não é uma forma
eficaz de evidenciar os valores do Reino de Deus. Também
não torna ninguém mais feliz espiritualmente. Pelo
contrário, podemos, com esse gesto de ausência e até de
descaso, permitir que valores degradantes e desumanos
se instalem na sociedade.
Atente para essa forte advertência que vem da inspiração
profética: ”Não podemos, com segurança, votar por partidos
políticos; pois não sabemos em quem votamos […] Não
podemos trabalhar para agradar a homens que irão
empregar sua influência para reprimir a liberdade religiosa,
e pôr em execução medidas opressivas […] O povo de Deus
não deve votar para colocar tais homens em cargos oficiais;
pois assim fazendo, são participantes nos pecados que eles
cometem enquanto investidos desses cargos” (Fundamentos
da Educação Cristã, pág. 475). Ao longo de toda a sua
história, a Igreja Adventista defendeu que seus membros
assumissem a responsabilidade de cidadãos em sua
comunidade, amparado no princípio bíblico de que todo
poder civil constituído procede de Deus (Rom. 13:1-7).

Departamento de Liberdade Religiosa
Associação Paulista do Vale