4 – A Bela e a Fera: a verdadeira história – a Igreja verdadeira


Kátia Parotti Sampel Ferreira
Verso bíblico: “O dragão irou-se contra a mulher e saiu para guerrear contra o restante da sua
descendência, os que obedecem aos mandamentos de Deus

e se mantêm fiéis ao testemunho de
Jesus”. Apocalipse 12:17


Semana Jovem Infantil
Com certeza, você já assistiu a algum filme, ouviu uma história ou leu algum livro sobre príncipes e
princesas.

Teoria histórica revela detalhes chocantes sobre 'A Bela e a Fera'

Entre os vários contos infantis que existem, o da Bela e a Fera nos chama a atenção por envolver
um príncipe que, como resultado de um feitiço, se transformou em um monstro assustador. Isso foi
consequência de ter sido egoísta e por ligar apenas para a aparência exterior. O resultado incluía
que todos os moradores do seu luxuoso castelo se tornassem objetos. A feiticeira entregou ao rapaz
uma rosa, e disse que ele teria um tempo, que seria até cair a última pétala daquela flor, para
aprender a amar e conseguir ser amado ou sua condição se tornaria permanente.
Seu encantamento só terminaria quando alguém pudesse amá-lo como ele era naquele momento:
um monstro feroz. Isso finalmente aconteceu quando uma linda garota do vilarejo veio ao seu castelo
para procurar seu pai desaparecido. A história termina quando o feitiço é quebrado, e os jovens se
casam para serem muito felizes para sempre, como todos esses contos terminam.


A Bíblia, no livro de Apocalipse, no entanto, nos apresenta uma história impressionante: a verdadeira
história da bela e a fera. Nessa história, a original e verdadeira, a besta atinge seu estado devido a
sua desobediência a Deus; mas não se apaixona pela princesa, a protagonista, que é a noiva de
Jesus. Ele a persegue por motivos egoístas. A história termina com um final feliz, que ainda
acontecerá num futuro bem próximo, não por causa de um casamento, mas porque a bela triunfa
sobre a fera, pois Jesus, o seu noivo, é o vencedor nessa história.



Como vimos ontem, tudo era perfeito no Céu. Havia ordem e todos viviam felizes. Os anjos amavam
o Criador. Como seres livres, servir a Deus era sua maior alegria.
Cristo, o Filho de Deus, também era muito amado pelos anjos. Até havia um nome pelo qual Ele Se
identificava com os anjos: Arcanjo Miguel. A Bíblia nos diz que esse é um dos nomes de Jesus
(Apocalipse 12:9). Ele era o Comandante do Céu.
Tudo estava em perfeita harmonia até que, um dia, aconteceu algo que mudou esse estado de
felicidade. Houve alguém que usou, de forma errada, a liberdade que Deus concedeu às Suas
criaturas. Lúcifer, aquele que, abaixo de Cristo, era o mais honrado entre os habitantes do Céu,
começou a desejar o poder que pertencia, por direito, ao Filho de Deus.
Quando Deus, o Rei do Universo, convocou os exércitos celestiais para reafirmar a verdadeira
posição de Cristo, como Seu Filho, e anunciou que logo Jesus exerceria Seu poder divino na criação
de um novo planeta e seus habitantes, a inveja tomo conta por completo do coração de Lúcifer.

“Por que Jesus deveria ter a supremacia?” Não era ele, Lúcifer, o mais honrado entre os anjos? Ele
precisava fazer alguma coisa. Disfarçadamente, a princípio, ele começou a espalhar as sementes da
dúvida com respeito às leis que governavam os seres celestiais, sugerindo que os anjos não
precisavam dessas leis, pois eles já eram bastante inteligentes e sabiam o que fazer. Seus
pensamentos já eram santos; não havia para eles maior possibilidade de errar do que para o próprio
Deus. Muitos não perceberam as intenções de Lúcifer. Afinal, como querubim cobridor, ele era
guardião da lei de Deus. Veja isso em Ezequiel 28:14.
Lúcifer foi ainda um pouco mais longe e declarou que se ele fosse escolhido como líder ofereceria a
liberdade para todos. Mas que liberdade? Eles já eram livres… Infelizmente, muitos anjos ficaram
cegos por causa dos enganos de Lúcifer. Foram convencidos de que ele estava lutando para
promover a harmonia e a paz, e que Jesus não devia ser exaltado.
Enquanto isso, Deus conhecedor de tudo o que Lúcifer estava fazendo e pensando, foi paciente com
ele. Deu oportunidade para que se arrependesse e voltasse atrás. Lúcifer quase chegou à decisão
de voltar; mas o orgulho o impediu. Ele não quis retroceder. Considerou um sacrifício grande demais
para alguém que tinha sido tão altamente honrado confessar que tinha cometido um erro. Considerou
que seria muito vergonhoso e humilhante para ele.
Lúcifer insinuou que a paciência, misericórdia e bondade de Deus para com ele eram sinais de
fraqueza. E decidiu se rebelar abertamente contra o governo de Deus. Assim, Lúcifer, o “portador de
luz”, tornou-se Satanás, o dragão, “o adversário” de Deus e dos seres santos. Ele convenceu a terça
parte dos anjos a aceitá-lo como chefe. Em pouco tempo, o descontentamento e a desconfiança
contaminaram o ambiente do Céu.
As coisas não podiam continuar assim. Então, houve uma terrível guerra no Céu. Miguel e Seus
anjos lutaram contra Lúcifer e os anjos que ficaram do seu lado. Por fim, esses últimos foram
expulsos (Apocalipse 12:7-9).
Muitos têm perguntado por que Deus não destruiu Lúcifer antes que as coisas tomassem essa
proporção. A resposta está no fato de que o governo de Deus incluía não somente os habitantes do
Céu, mas todos os mundos que Ele tinha criado. Se Deus tivesse destruído Lúcifer naquele
momento, seria deixada uma dúvida quanto ao verdadeiro caráter de Deus e, também, quanto às
reais intenções do inimigo. Por isso, Deus permitiu que Lúcifer continuasse em seus propósitos. Suas
obras deveriam condená-lo.
Quando Adão e Eva pecaram, o inimigo achou que tinha vencido a guerra. No entanto, o primeiro
dia do pecado na Terra marcou definitivamente o início da derrota de Satanás. Um plano foi
imediatamente colocado em ação. Os seres humanos teriam a chance de ser resgatados e o caráter
de Deus seria reivindicado para sempre por meio de Jesus. Ele viveria como um ser humano,
provando que é possível guardar a lei de Deus, que é justa e perfeita, e morreria como o Redentor
da humanidade. Sua ressurreição ligaria novamente a Terra ao Céu (1 Tm 2:5 e 6). Haveria chance
de o ser humano volta a viver como Deus sempre planejou. A possiblidade de um final feliz se tornou
uma realidade e não apenas a conclusão de histórias inventadas.
A partir da vinda de Jesus, Seus discípulos e demais seguidores passaram a se reunir para adorar a
Deus, obedecer Seus mandamentos e para anunciar o evangelho ao mundo. Era o início da igreja
de Deus. Na Bíblia, a igreja de Jesus é representada por uma mulher pura, sua noiva, que O aguarda
vir buscá-la para o casamento, ou, como Apocalipse diz, as bodas do Cordeiro. Bodas significa
casamento. Então, a igreja é a princesa da história do Apocalipse. Mas há a fera, o inimigo de Deus,
o dragão, que persegue e quer destruir a bela, a igreja, a noiva de Cristo.
Parece com aquela historinha de que falamos no início, mas ainda é bem diferente. Durante a história
deste mundo, a igreja foi perseguida e muitas pessoas chegaram a morrer por seguirem os
mandamentos de Deus e por defenderem a Bíblia. Mas, no final, Jesus vai derrotar definitivamente
o dragão, e a igreja poderá viver feliz para sempre com Ele.
Ao longo do tempo, muitas pessoas fizeram parte dessa história, que não é fictícia, é totalmente real.
Essas pessoas que seguem a Jesus fazem parte de Sua igreja aqui na Terra. O inimigo de Deus tem
perseguido essas pessoas, a igreja de Deus, que, na Bíblia, vimos que é representada pela noiva,
pela mulher pura. Então, essa é a verdadeira história de A Bela e Fera. A igreja verdadeira, q que
guarda os mandamentos de Deus e a fé em Jesus, sempre foi e será perseguida pelo inimigo de
Deus.
E, ao seguir a Jesus, você se torna parte de Sua igreja pelo batismo e, por aceitar Seus
mandamentos, a partir desse momento, você se torna, também, um dos personagens dessa história.
Cada dia, sem que você tenha consciência, uma batalha está sendo travada entre duas partes. De
um lado, está Aquele que tanto amou que não mediu esforços para salvar a humanidade (Jo 3:16):
Jesus. Do outro, está alguém que odeia e que deseja apenas a destruição do ser humano para atingir
o coração de Quem o criou. Como Ele não consegue derrota a Cristo, ele procura entristecer Seu
coração atacando Seus filhos, Sua igreja aqui na Terra. Sabendo que tem pouco tempo (Apocalipse
12:12), o inimigo tem inventado um “antes” diferente para essa história, na tentativa de confundir as
pessoas e levá-las a acreditar que os papéis estão invertidos. Até hoje, Satanás tenta enganar e
confundir, como sempre fez desde o início.
Jogue fora o roteiro alternativo e prefira a história original, escrita e dirigida pelo verdadeiro Autor da
História. Ele garante que o final será realmente feliz. Mas lembre-se: é preciso conhecer a história
toda. Muitas vezes, as melhores surpresas se encontram nas últimas páginas. Certamente, não
precisamos temer, pois Jesus Cristo é o Guardião da Igreja e Ele nunca perdeu uma batalha.


Vamos orar?
Querido Jesus. Obrigado por nos amar tanto e por lutar sempre por nós. Queremos fazer parte do
Seu Reino. Nos capacite para a eternidade ao Seu lado. Em nome de Jesus. Amém.
Fonte: Era uma vez… a história original (Neila de Oliveira)