Responsabilidades do homem de um talento

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Alguns daqueles a quem foi confiado apenas um talento se escusam por não terem um número tão grande de talentos como os que receberam muitos talentos. Como o mordomo infiel, escondem na terra o talento. Temem dar a Deus o que Ele lhes confiou.
Empenham-se em empreendimentos mundanos, mas pouco investem, se é que investem alguma coisa, na causa de Deus. Esperam que os que têm grandes talentos suportem o peso do trabalho, enquanto eles acham não serem responsáveis pelo seu êxito e progresso. […]
Muitos dos que professam amar à verdade estão fazendo essa mesma obra. Enganam a si próprios, pois Satanás lhes cegou os olhos. Ao roubarem a Deus, estão roubando mais a si mesmos.
Devido a sua cobiça e ao seu coração mau e incrédulo, têm-se privado do tesouro celestial.
Por terem apenas um talento, temem confiá-lo a Deus, e o escondem na terra. Sentem-se isentos de responsabilidade. Gostam de ver o progresso da verdade, mas não pensam que são convidados a praticar a abnegação, e a ajudar o trabalho pelos seus próprios esforços individuais e com os seus meios, ainda que não tenham quantia muito grande. […]
A todos foram confiados talentos — A todos, tanto aos importantes como humildes, ricos e pobres, tem o Mestre conferido talentos; a alguns mais, a outros menos, segundo sua variada capacidade. A bênção de Deus repousará sobre os obreiros sinceros, amáveis e diligentes. Seu investimento terá êxito, e ganhará muitos para o reino de Deus, e eles mesmos um tesouro imortal. São todos agentes morais e lhes são confiados os bens do Céu. O valor dos talentos concedidos será de acordo com a capacidade de cada um.
Deus dá a todo homem a sua obra, e espera retribuição correspondente, segundo seu variado depósito. Não exige do homem a quem deu apenas um talento, juros de dez talentos. Não espera que o pobre dê esmolas como o rico. Não espera do fraco e sofredor, a atividade e força que um homem sadio tem. Um único talento, usado da melhor maneira, será aceito por Deus “conforme o que o homem tem, e não segundo o que ele não tem”. [76]
Deus nos chama de servos, o que indica sermos por Ele empregados para fazer certo trabalho, e assumir responsabilidades. Tem-nos
emprestado capital para que o empreguemos. Não é nossa propriedade, e desagradamos a Deus se o acumulamos, ou se gastamos como nos apraz os bens de nosso Senhor. Somos responsáveis pelo uso ou abuso daquilo que Deus assim nos tem emprestado. Se esse capital que o Senhor colocou em nossas mãos ficar parado, ou se o enterrarmos no solo, ainda que seja apenas um talento, seremos chamados às contas pelo Mestre. Ele exige, não o que é nosso, mas o que é Seu, com os juros.
Cada talento devolvido ao Mestre será minuciosamente pesquisado. A conduta dos filhos de Deus e a confiança neles depositada não serão consideradas uma questão sem importância. Lidar-se-á pessoalmente com cada pessoa e dela se exigirá que dê contas dos talentos que lhe foram confiados, quer os tenha desenvolvido quer deles tenha feito mau uso. A recompensa dada será na proporção dos talentos aperfeiçoados. O castigo será infligido de acordo com o mau uso que deles se fez. — The Review and Herald, 23 de Fevereiro de 1886.


Os talentos confiados devem ser usados — Ninguém se deveria queixar de não ter maiores talentos. Quando usarem para a glória de Deus os talentos que ele lhes tem confiado, prosperarão. Não é tempo agora, de lamentar nossa situação na vida, e desculpar nossa negligência de desenvolver nossa capacidade porque não temos a capacidade e posição de outros, dizendo: Oh, se eu tivesse o seu dom e a sua capacidade, poderia investir grande capital pelo meu Mestre! Se tais pessoas usarem sabiamente e bem o único talento que têm, isso é tudo o que o Senhor deles exige. […]
Confio em que, em cada igreja, se envidem esforços para despertar os que nada estão fazendo. Que Deus faça essas pessoas reconhecerem que delas exigirá o único talento com os juros; e que, se negligenciarem granjear outros talentos além daquele, sofrerão a perda desse talento e da própria salvação também. Esperamos ver uma transformação em nossas igrejas. O Chefe de família está Se preparando para voltar e pedir contas a Seus servos dos talentos que lhes confiou. Deus Se apiade então dos que nada fazem! Os que ouvirem as palavras de aprovação: “Bem está, servo bom e fiel”,
terão feito bem no aperfeiçoamento de sua capacidade e meios, para
a glória de Deus. — The Review and Herald, 14 de Março de 1878.


Talentos não desenvolvido
s — Alguns estão prontos a dar segundo o que têm, e acham que Deus não tem mais a exigir deles, porquanto não possuem muitos recursos. Não têm rendas que possam poupar das necessidades da família. Muitos desses, porém, poder-se-iam perguntar: Estou eu dando segundo poderia ter possuído? O desígnio de Deus era que suas faculdades físicas e mentais fossem empregadas. Alguns não têm aproveitado da melhor maneira as aptidões que Deus lhes concedeu. O homem foi contemplado com o labor. Este foi ligado à maldição, pois que o pecado o tornou necessário. O bem-estar físico, mental e moral do homem torna necessária uma vida de útil labor. “Não sejais vagarosos no cuidado”,
é a recomendação do inspirado apóstolo Paulo.
Pessoa alguma, seja rica, seja pobre, pode glorificar a Deus por uma vida de indolência. Todo o capital possuído pelos pobres, é o tempo e as forças físicas; e muitas vezes isto é gasto no amor da comodidade e em descuidosa indolência, de modo que nada têm para levar a seu Senhor em dízimos e ofertas. Se a homens cristãos falta sabedoria para trabalhar da maneira mais proveitosa, e fazer judicioso emprego de suas faculdades físicas e mentais, deveriam ter humildade e mansidão de espírito para receber conselhos de seus irmãos, de modo que o melhor discernimento deles lhes possa suprir as deficiências. Muitos pobres agora satisfeitos com não fazer coisa alguma em benefício de seus semelhantes e para o progresso da
causa de Deus, muito poderiam fazer, caso o quisessem. São tão
responsáveis diante de Deus por seu capital de forças físicas, como é
o rico pelo capital em dinheiro. — Testemunhos Seletos 1:379, 380.


Responsabilizados pela força física — Vi que os que não têm
propriedade mas possuem força física, são perante Deus responsáveis por ela. Devem ser diligentes no trabalho e de espírito fervoroso;
não devem deixar que os que têm posses façam todo o sacrifício.
Vi que eles podem sacrificar, e que é seu dever fazê-lo, da mesma
maneira que os que possuem propriedades. Muitas vezes, porém, os
que não possuem bens não compreendem que se podem negar a si
mesmos de muitas maneiras, podem gastar menos consigo mesmos
e satisfazer menos seus gostos e apetites, e encontrar muito em que
poupar para a causa, ajuntando assim tesouros no Céu. — Testemunhos Seletos 1:31.
Devem os que têm força física usá-la no serviço de Deus. Devem
trabalhar com as mãos, e ganhar recursos para empregar na causa
de Deus. Os que podem obter trabalho, devem trabalhar fielmente, e
aproveitar as oportunidades que se lhes apresentarem para ajudar os
que não conseguem obter trabalho. — The Review and Herald, 21
de Agosto de 1894.


Não encorajar a indolência — Ensina-nos a Palavra de Deus
que se um homem não quer trabalhar, também não deve comer. O
Senhor não exige que o homem que trabalha arduamente sustente
os que não são diligentes. Há um desperdício de tempo, uma falta
de esforço, que leva à pobreza e necessidade. Caso essas faltas não
sejam vistas e corrigidas pelos que com elas condescendem, tudo o
que se poderia fazer em seu favor seria como pôr um tesouro num
cesto furado. Mas há uma pobreza inevitável; e devemos manifestar
ternura e compaixão para com os desafortunados. — The Review
and Herald, 3 de Janeiro de 1899.