Por que ser um doador regular de sangue?

Salvar vidas não é só para super-heróis dos quadrinhos, mas para pessoas de carne, osso e… sangue!

Junho é o mês separado para a conscientização da doação de sangue. Nesse período, campanhas pelo Brasil buscam mostrar a importância deste ato, enquanto capta novos doadores. E aí, você é um doador regular de sangue?

Bom,se é preciso separar 30 dias para falar da importância de ser um doador, é porque ainda faltam muitas pessoas para este time, não é mesmo? E talvez, você seja um deles!

Mas antes de falar porque você deve ser um doador regular de sangue, é importante conhecer um pouco mais sobre este líquido vermelho e entender o por quê falta sangue nos bancos de coleta.   

Bom, vamos lá…

Um adulto possui – em média – entre cinco a sete litros de sangue. Este, que é um tecido conjuntivo – como os ossos e as cartilagens – tem sua fabricação a medula óssea.

Além disso, a função do sangue é servir como meio de transporte para o oxigênio, vitaminas, células de defesa e resíduos que serão eliminados.

O sangue pode ser dividido em quatro partes. São elas: as hemácias (transporta oxigênio), os leucócitos (faz a defesa do organismo), as plaquetas (responsável pela coagulação) e o plasma (transporta água, sais minerais e proteínas). Viu como numa gota de sangue tem tudo o que é de essencial para a vida?

Ser um doador de sangue regular é um ato de generosidade, porém, menos da metade das doações realizadas na América Latina e Caribe vieram de doações voluntárias, ou seja, doação realizada sem vínculo com o paciente.

A meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que este número chegue aos 100%. Só assim haverá suprimento de sangue suficiente e seguro para as transfusões.

Mas, por que existem poucos doadores de sangue

Existem muitas razões do porquê ainda é baixo o número mundial de doadores de sangue.

Tirando os impedimentos de saúde como o peso e algumas doenças, também existem outros fatores que impedem a doação como: gravidez, amamentação e viagens recentes para locais com riscos de epidemia.

Alguns mitos sobre a doação de sangue podem ser um dos motivos. Tem pessoas que acham, por exemplo, que o corpo ficará fraco com uma quantidade menor de sangue.

Isso não faz o menor sentido, pois temos cerca cinco litros do líquido vermelho e na coleta é retirado, apenas, 450 mililitros. E em até 72 horas, o organismo repõe a quantidade doada.

Ah, o medo da agulha também afasta muita gente deste compromisso. Mas vamos ser sinceros: mesmo se for dolorido por um instante, não vale salvar a vida de até quatro pessoas?

Além disso, outro problema é que muitas cidades não oferecem a estrutura de coleta. Dessa forma, para que uma pessoa consiga fazer a doação, é necessário percorrer alguns quilômetros até o banco de sangue mais próximo. Por conta desta “dificuldade”, muitos desistem ou não se animam para realizar o ato.

Sem entrar nos méritos políticos da questão, mas analisando o que pode ser feito individualmente: existe distância suficiente que não vale a vida de um ser humano? Quantos lugares não medimos esforços para ir, enquanto consideramos a distância de um hemocentro longa demais?

Hábitos de vida influenciam na hora de doar sangue

Mas um grande impedimento ao aumento de doadores regular de sangue, são os hábitos de vida! É quase que uma lógica: vida saudável, sangue saudável.

Mas com a rotina maluca da vida, muitos até decidem ser um doador, mas ao responder um questionário sobre sua saúde, são impossibilitados de fazer a doação.

Com isso, voltam para casa frustrados com a negativa. Se mais pessoas tivessem bons hábitos de vida, os bancos de sangue estariam com maior volume, sem dúvidas.

Ato de amor: Doador regular de sangue

Anualmente, em torno de 108 milhões de pessoas, dedicam um tempinho para doarem sangue voluntariamente. O número ainda é baixo, de acordo com as organizações de saúde.

Outra questão é que, metade dessas doações, ocorrem em países de alto renda, onde se concentra apenas 20% da população mundial. Ou seja, os países que mais necessitam deste recurso, são os que possuem menos doadores.

O que faz a diferença mesmo, são as pessoas que regularmente procuram um banco de sangue para fazer a doação. Independente se conhecem ou não um paciente, esses já são fiéis ao movimento e, praticamente, fãs de carteirinha.

A decisão de ser um doador regular de sangue é um processo de responsabilidade social, porém, além disso, esta é uma decisão espiritual também.

A atitude de doar tempo, esforço e energia para uma pessoa desconhecida, é algo humanamente inexplicável.

Hoje, mesmo com toda a segurança deste processo, ainda faltam doadores de sangue porque aqueles que poderiam ser e não são, se permitem ser guiados por atitudes egoístas.

Quem se permite ser guiado por Cristo, consequentemente amará o seu próximo mesmo sem receber nada em troca. Além disso, Jesus Cristo doou tudo para você doar um pouco.

Considere que é uma grande bênção poder ser um doador regular de sangue: não ser alguém que esteja com a saúde frágil ou necessitando de doações.

Bom, se ainda ficaram dúvidas sobre como funciona o processo de doação de sangue, o Ministério de Saúde disponibiliza mais informações sobre este assunto.

Por fim, decida ser a esperança de alguém, independente do que tiver que fazer para ser este herói!

Por Alessandra Guimarães

Jornalista e Gestora de Conteúdo