O Encontro dos discípulos com a Figueira


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O Encontro dos discípulos com
a Figueira
MC 11.12–14
Nesta narrativa, Marcos nos mostra a reação de Jesus diante de uma figueira sem frutos. O verso 12 nos diz que no dia
seguinte, isto é, na segunda-feira, quando saíram de Betânia,
Jesus teve fome. E os versos13 e 14 completam o relato:

E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se
nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. Então, lhe disse Jesus: nunca jamais
coma alguém fruto de ti! E os seus discípulos ouviram isto.


Este pequeno incidente merece explicações, porque Jesus
amaldiçoou a figueira por não ter fruto numa época em que,
conforme o próprio relato de Marcos, não era tempo de figos
(v. 13). Será que a atitude de Jesus foi correta?
Há uma explicação para esse fato:
Figueiras em regiões bíblicas produziam um fruto precoce
comestível antes das folhas aparecerem. Era um arauto da colheita normal mais adiante. Quando Jesus veio à nação de Israel havia folhas, que indicavam confissão de fé, mas não havia
fruto para Deus. Houve promessa sem cumprimento, crença
sem concretização. Visto que não houve fruto prematuro, ele
sabia que não haveria colheita mais adiante do povo incrédulo
e, portanto, ele amaldiçoou a figueira. Isso prefigurou o julgamento que cairia sobre Israel em 70 d.C. (MACDONALD, 2008, p. 136).

Esta mensagem é muito importante tanto para Israel quanto para nós que também fazemos parte do povo de Deus hoje.
Simbolizar a nação de Israel de forma negativa era algo
muito ousado, uma nação com um relacionamento tão especial com Deus, uma nação amada e cuidada pelo Senhor, e tal
amor e o cuidado deveria ter feito com que produzisse frutos
agradáveis a Deus, frutos de amor, misericórdia e justiça (Provérbios 27:18)
Mas infelizmente naquela figueira só havia folhas, não havia
frutos, era uma figueira que parecia ter frutos porque tinha folhas numa época em que as outras figueiras não tinham folhas.
Aquela figueira parecia muito boa de longe, mas quando você
se aproximava dela não tinha nada para oferecer ao Senhor.


Aplicação:

Hoje vivemos num mundo muito artificial. As
pessoas constroem uma identidade nas redes sociais que não
tem nada a ver com a identidade real. Muitos vivem num mundo de sorrisos e viagens maravilhosas nas redes sociais, mas vivem em depressão e tomam remédios para dormir na vida
real. São como figueiras que tem folhas aparentemente verdes
e grandes, mas estão mortas.
I. A PERGUNTA
Esse fato foi o momento em que nosso Senhor foi procurar
frutos em uma figueira cheia de folhas, mas não encontrou nenhum fruto nela, e por isso a amaldiçoou.
Esta mensagem sobre a figueira estéril nos faz meditar sobre
o fato de que a esterilidade espiritual, representada na figueira
estéril, traz consigo sérias reflexões . Devemos reconhecer que
a aproximação de Deus nos dará a visão de ter abundância de
frutos e não ser como a figueira estéril.

A parábola da figueira estéril encerra o tema central deste
capítulo referindo-se à nação e ao povo judeu como nação estéril em termos de visão espiritual. A atitude negativa de Israel e seus líderes.
Desperta nosso interesse como membros do corpo de
Cristo por seu conteúdo de julgamento divino? Jesus falou repetidamente sobre o fruto do crente. A fruta deve ser trinta,
sessenta e a cem vezes por um. Jesus não nos avalia como se
avalia um aluno na escola, que exige de nós sessenta como
nota mínima, mas exige de nós algum fruto.
Imaginemos Deus procurando frutos em nós, seus filhos,
perguntemo-nos: há muitos ou poucos frutos em nossa vida?
A ação que Deus fará com cada um de nós depende de nós.
Como diria um professor “cabe a você alcançar a excelência ou
a auto-eliminação”
II. A ESTERILIDADE ESPIRITUAL DE ISRAEL
A esterilidade era considerada na Bíblia como uma reprovação ou vergonha (1 Samuel 1:1-10), enquanto a fertilidade era uma bênção de Deus (Salmo 127:3-5; 128:1-4).
A ordem original de Jeová dada a Adão e Eva, repetida aos
filhos de Noé, foi: “Sede fecundos e tornai-vos muitos” (Gênesis 1:28; 9:7)
A esterilidade espiritual, representada pela figueira estéril, consiste em não dar frutos dignos de arrependimento. São aquelas pessoas negativas que não podem experimentar as
bênçãos que Deus derrama sobre seu povo, pois para eles o
espiritual não está dentro de suas expectativas e prioridades.
A busca de Satanás é tentar roubar a espiritualidade do
povo de Deus diariamente com o propósito de que eles percam sua visão espiritual. Em Israel, o sábado (dia de descanso)
havia se convertido em uma série de ordenanças e imposições
humanas, que nem mesmo seus líderes podiam realizar, ou
seja, a demagogia (uma mensagem demagógica é aquela que
se prega, mas que não se vive)
Porém os verdadeiros frutos de amor, justiça, compaixão,
misericórdia eles não existiam no coração das autoridades de
Israel. Eles eram essa figueira estéril. Haviam perdido a seiva
que trazia a verdadeira e vida e os frutos em abundância. Eles
possuíam um conhecimento técnico das escrituras, a tal ponto
que Jesus chega a dizer que eles examinavam as escrituras,
mas não percebiam que eram elas mesmas que davam testemunho do Messias.
Hoje Jesus nos convida a termos os frutos do Espírito em
nossa vida (Gal 5:22-25)
Para que isto ocorra precisamos estar ligados a única fonte
que é Cristo, a videira verdadeira. Sem Jesus nada poderemos
ser e nem fazer.
Esta esterilidade os impediu de ver a mulher com o fluxo
de sangue durante 12 anos, amarrada por Satanás, e mesmo
depois de curada pelo Mestre, foram ainda incapazes de reconhecer nele um poder superior. Com isso, Jesus lhes ensina a hipocrisia de seus corações, pois também violaram as regras
que aprovavam como prática de fé.
A esterilidade espiritual, representada na figueira estéril,
nos separa da vontade de Deus. A exortação do Senhor Jesus
é que tudo que tem aparência, mas não tem fruto, ele finalmente fará “secar”.
Não existe vida com Cristo sem frutos. Não existe amor sem
resultados.

III. SINTOMAS DE UMA VIDA ESPIRITUAL SEM FRUTOS
Alguns dos sintomas da esterilidade espiritual, representados pela figueira estéril, são:
1) Nenhum arrependimento genuíno
É arrependimento, não remorso. Chorar muito ou pouco
não significa que nos arrependemos de coração ou que nossos
pecados foram perdoados, pois alguns choram, mas não
desistem de práticas pecaminosas e se desculpam dizendo
que Deus sabe que são fracos.
O arrependimento contém a ideia de uma parada e uma
mudança de direção (Provérbios 28:13), aquele que esconde
seus pecados não terá a verdadeira paz.
Aquele que humildemente confessa seus pecados, com
arrependimento e verdadeira fé, encontrará a misericórdia de
Deus.
Quem encobre os seus pecados não prosperará,
mas quem os confessa e os abandona alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13)


2) falta de submissão ao Senhor

  • Se pudéssemos resumir a bíblia inteira a uma palavra somente, esta palavra seria submissão.
  • Submeter nossas ideias, planos e projetos àquele que
    não pode errar.
  • Isso é buscar e dar a Deus o melhor de nossas vidas. É
    ter o coração de um verdadeiro adorador que adora em
    espírito e em verdade.

    E verdadeiramente porque no bairro ou na comunidade ele
    testemunha ser um verdadeiro cristão e não a falsa imitação de
    um cristão. Submete seus planos à vontade de Deus. Coloca
    suas decisões debaixo do crivo da palavra do Senhor.

    Na história da figueira havia muitas folhas, mas não havia
    fruto. Temos aqui uma lição espiritual importante para mim e
    você. Muito ritualismo, muita liturgia, muita tradição, mas não
    havia vida espiritual, não havia verdadeira comunhão com
    Deus. Não havia frutos de arrependimento e transformação.
    Este relato vá na mesma direção de Jesus expulsando aos
    vendedores no templo. Eles haviam perdido de vista o que representava a santidade das coisas de Deus. Havia muita folhagem na religião, mas sem fruto. Era apenas nominal, sem amor,
    compaixão, misericórdia, alegria.
    Como ter os frutos do Espírito Santo na sua vida? Assentando-se debaixo da presença de Cristo diariamente.
    Entender que religião é muito diferente de vida espiritual.
    As vezes você pode fazer parte de uma religião, mas não lê a
    Bíblia, não ora, não se envolve em discipular outras pessoas.
    Porém, sempre está nos cultos, canta, se emociona com as
    mensagens, etc. mas não tem raízes profundas em Cristo e sua
    palavra, por tanto o sol da justiça não pode brilhar e produzir
    os verdadeiros frutos do Espírito.

    Muitos querem honrar ao Criador apenas de lábios. Da
    boca para fora.
    O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de
    mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de
    homens, que maquinalmente aprendeu, continuarei
    a fazer obra maravilhosa no meio deste povo; sim,
    obra maravilhosa e um portento; de maneira que a
    sabedoria dos seus sábios perecerá, e a prudência
    dos seus prudentes se esconderá.

    Meu caro amigo, a única raiz verdadeira para produzir numa
    árvore e ela dar fruto é Cristo Jesus. Não tem outra maneira.
    Não queira viver uma vida de aparências. Experimente aceitar
    a Cristo hoje mesmo e deixe que ele opere o querer e o efetuar
    em sua vida.
    Não queira ter a experiência de Laodiceia. Era morna, sem
    frutos em sua relação com Deus. Nem fria, nem quente, simplesmente morna que se tornava repugnante, amaldiçoada.
    Assim como aquela figueira.

Mitchel Urbano