Famílias orando pelo reavivamento

Quando penso em reavivamento, o texto de Lucas 11:9-13 vem à mente. O Senhor Jesus Cristo
apresenta um pedido de oração que deve estar sempre presente em nossos cultos: o Espírito
Santo. Esse pedido deve ser feito todos os dias, durante o dia, e de forma constante. Quando
lemos os primeiros versículos do capítulo 11, somos convidados a pedir o pão de cada dia, o perdão dos
nossos pecados e a sermos libertos da tentação.
A partir do versículo 9, dois verbos que são apresentados chamam a atenção. São eles: buscar e pedir. Em cada um deles, o tempo verbal aparece no presente contínuo, dando a entender que precisamos ser constantes ao solicitar o pedido especial: o Espírito Santo.
Isso é mais bem ilustrado pela figura de um pai que sempre dá alimento a seu filho em resposta a seu pedido por comida. Em outras palavras, toda vez que o filho pede o que comer ao pai, ele responde dando-lhe comida. Esta ação é geralmente repetida três vezes por dia e todos os dias. O filho
pede, o pai dá.

Por que pedir a presença do Espírito Santo?
Imagine se todos os dias pedíssemos ao Pai Celestial o Espírito Santo. Ele nos daria sem demora. O versículo 13 diz:
“(…) quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” Portanto, somos convidados pelo próprio Deus a pedir seu Espírito Santo todos os dias. Certamente você se
pergunta: por quê?
Primeiro, porque todos os dias somos tentados. É por isso que precisamos do Espírito para vencer a tentação, assim como Cristo venceu. Unir nossas forças com as Dele nos torna
vitoriosos.
Em segundo lugar, porque todos os dias devemos nos arrepender de nossos pecados. E se parássemos de fazer isso?
Isso é possível porque nosso coração é enganoso e perverso.
Às vezes, podemos acreditar que não pecamos ou que não precisamos nos arrepender. João diz que a obra do Espírito Santo é nos convencer “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16:8).
Ao confessar nossos pecados, ficamos vazios e em posição de sermos preenchidos com Sua presença. Lembre-se de que não podemos encher um recipiente a menos que ele esteja vazio. Nunca podemos colocar água limpa em um recipiente sujo. Nosso recipiente deve estar vazio e limpo para receber
a presença divina. E, finalmente, porque nos ajudará a ter “autocontrole” para controlar todos os nossos apetites e paixões.
Vamos voltar à história outra vez. Deixe-me fazer a seguinte pergunta: você sabe por que pedimos comida?

A resposta é simples: porque temos fome, correto? É a fome que nos faz pedir comida. Será que estamos famintos do Espírito para pedirmos por Ele todos os dias? Somente se tivermos fome do Espírito Santo pediremos a Deus em oração. Esse pedido se torna relevante agora porque em nenhum outro
tempo do cristianismo foi mais falado, pregado, ensinado e orado pelo Espírito quanto agora. Essa é uma mensagem clara de Deus para nós; portanto, devemos fazer parte desse movimento que ora todos os dias pelo Espírito Santo.
Hoje, amanhã e todos os dias em nossos cultos devemos orar pessoalmente e como família pelo poder do Espírito de Deus. Não para que tenhamos mais Dele, mas para que Ele tenha mais de nós

Adoração em família: uma prioridade hoje Hoje, mais do que nunca, precisamos priorizar o culto
familiar em nosso lar. Gosto de como Ellen White enfatiza isso:
Se já houve tempo em que toda casa deveria ser uma casa de oração, agora é esse tempo. (…) Contudo, neste tempo de terrível perigo, alguns que professam ser cristãos não celebram culto doméstico. Não honram a Deus no lar; não ensinam os filhos a amá-Lo e temê-Lo. (Conselhos Para a Igreja, p. 155)
Quando revisei algumas pesquisas sobre o culto familiar dentro de lares adventistas, fiquei preocupado com os resultados. Em 2013, aproximadamente um em cada seis membros da igreja relatou nunca fazer o culto familiar, enquanto 12% o faziam menos de uma vez por mês. Da mesma forma, pouco mais de um terço dos entrevistados disse que fazia o culto familiar diariamente ou mais de uma
vez por dia. Menos de um quarto deles disse que embora não fizessem o culto diário, eles o faziam mais de uma vez por semana.

Com que frequência realizam o culto familiar?

Cinco anos depois, na pesquisa global de 2018 (GCMS, 2018) os resultados mostraram que mais de um terço dos entrevistados fazia o culto familiar diariamente ou mais de uma vez por dia. No entanto, menos membros da igreja realizavam o culto familiar mais de uma vez por semana; e menos ainda disseram que faziam o culto cerca de uma vez por semana. Mais de um em cada cinco membros da igreja
em todo o mundo relataram nunca terem feito culto junto como família. Esse é um aumento de cerca de cinco pontos percentuais nessa categoria entre 2013 e 2018. Vamos dar uma olhada no quadro para entender melhor.

Será que a sua família faz parte daqueles que não fazem o culto familiar?

Você sabe, querido(a) irmão e irmã, apenas uma decisão permitirá que você saia dessa realidade e se
coloque entre aqueles que buscam o Senhor com sua família por meio do culto familiar. Dessa forma, você protegerá seus filhos para que não abandonem a fé que abraçaram.
Os resultados de um grande estudo, há alguns anos denominado “Gênese de Valor” indicam que o culto familiar foi o fator mais eficaz no desenvolvimento da fé e lealdade denominacional dos jovens pesquisados. Isso significa que ale a pena manter firme a bandeira do culto na vida familiar,

pois além de contribuir para a permanência de nossos filhos na fé a curto e longo prazo, ajuda outras famílias a seguirem o exemplo de uma vida familiar devocional sólida.
Vamos decidir orar a cada dia pessoalmente e em nossos cultos familiares sob o poder do Espírito de Deus e experimentar aquele grande reavivamento e reforma profetizado por Ellen White:
Fiquei profundamente impressionada com as cenas que ultimamente passaram perante mim
nas visões da noite. Parecia estar-se operando um grande movimento — uma obra de reavivamento
— em muitos lugares. Nosso povo acorria a seus postos, atendendo ao chamado de Deus. Em visões
da noite passaram perante mim representações de um grande movimento reformatório entre o povo
de Deus. (…) Os enfermos eram curados, e outros milagres eram operados (Serviço Cristão, p. 31).

Daniel Montalvan, é Presidente da União Peruana do Norte